23.3.06

Kit de Sobrevivência

Bolonha encerra vantagens. Uma delas é obrigar a pensar e repensar e eleger apenas e unicamente o ESSENCIAL. Mas... Qual deve ser o KIT de sobrevivência para assistentes sociais? (Para INFO sobre competências básicas para o SS sugiro a leitura de um trabalho espanhol "Libro Banco.." e outros documentos que encontra no Observatório do CPIHTS)

6 comentários:

Anónimo disse...

As iniciativas conjuntas do CPIHTS, AIDSS; CEISS e ainda a posição da APSS são importantes, no objectivar do reforço de uma posição sobre o serviço social e Bolonha, mas há muitas questões de fundo...

Anónimo disse...

Ás vezes sinto-me um "alien" quando passamos a vida a discutir Bolonha. Penso que no aspecto teórico os principos subjacentes a Bolonha podem ser muito inovadores, em Portugal, nomeadamente em termos de critérios de qualidade. A forma como leio Bolonha é que se entende como uma metodologia participativa de ensino (e não expositiva)onde se é fundamental o debate, a teoria fundamentada, a inovação de práticas pedagógicas, entre outros recursos pedagógicos. O que me assusta é a falta de uniformidade nestas práticas. Por exemplo as escolas de SS não se sentam a uma mesa e discutem os seus projectos. Todos defendem as suas capelinhas privadas. Por outro lado, assusta-me, igualmente, o aspecto profissional. Como se distinguem alunos do I Ciclo dos alunos do II Ciclo em termos de carreira. A APSS vai tomar alguma posição?
Não acho que seja necessário um Kit de sobrevivência mas muito bom senso e a vontade de enfrentar novos desafios...

S Guadalupe disse...

Concordo que há aspectos claramente positivos em bolonha, mas também alguns riscos assumidos. Em Portugal avança-se no processo sem antes estar definida uma entidade que deveria ter por incumbência elaborar estudos de fundo e analisar o o panorâma formativo português face aos restantes países da UE, mas, como comentaria José Gil, "é a vida!"... No caso do Serviço Social temos um problema acrescido: não estamos habituados ao estatuto de país de referência, mas somo-lo, a par de outros, claro está... No caso que conheço pessoalmente de ensino, a nível metodológico estamos mais que preparados para implementar bolonha, pois a base do ensino tutorial já é um facto há muitos anos de forma mais destacada nalgumas unidades curriculares. Espanha, que não é exemplo para nada a nível do Serviço Social, teve a capacidade de elaborar um estudo prévio que sustenta o posicionamento para o país. No nosso caso, houve um posicionamento de entidades que representam a classe e uma reunião com docentes e investigadores onde foram manifestadas as preocupações relativamente ao empobrecimento que o "efeito bolonha" poderia vir a implicar nas competências adquiridas e conquistadas pelos AS. Entre outros, este é um dos riscos! O KIT de sobrevivência deveria ser muito bem balizado, falo nas competências mínimas e essenciais a exigir! Em questões muito práticas e concretas que, obviamente terão, consoante a escola (e Escola) configurações necessariamente distinas na sua composição... leia-se programa curricular.

Anónimo disse...

Estou totalmente de acordo. Façamos pois algo!...

Anónimo disse...

Bolonha fará sentido daqui a 10 anos quando professores e alunos do secundário tiverem maturidade para os preparar para o ensino superior. Boa análise

Anónimo disse...

Concordo plenamente com os aspectos descritos pela Guadalupe, face ao processo de bolonha... Deve-se por isso lutar pela "não ridicularização" dos conteúdos inerentes ao Serviço Social...
Mais acção e dinamismo é o que se pede... embora o conformismo e comodismo de muitos colegas seja visível! É pena...