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Por vezes há questões óbvias que não vejo com respostas tão óbvias assim. O que esperam, em concreto, os Assistentes Sociais da sua Ordem? Que portas abrir e caminhos seguir? Que portas e caminhos fechar? Um projecto que surge numa manhã de nevoeiro, qual D. Sebastião?
Insistiu S Guadalupe às 2:45 da tarde
10 comentários:
Muito, bem, esta é que é que é a questão fundamental. Será o projecto da Ordem o ideal para a nossa profissão e para a formação em serviço social? Necessário para a sua visibilidade político-social?
Será o único?, Dividirá mais que unirá? Será o correcto para um serviço social espartilhado? Será o motor do desenvolvimento? Afinal desenvolveu-se sem ela!, Motor de unidade, estatuto, projecto ético, mobilização? Até agora não, porque será? E teria que nascer a partir da APSS, uma instituição com história?, bem isto é só o inicio...
Tá bom, tá bom! O blog o Piolho da Solum precisa de uma assistente social com urgência.
Este blog vai dar que falar.
Posso-te colocar entre os nossos amigos?
não vale a pena... conheço pelo link de outro. Coloca antes a bicicleta de recados, ok?
Mil perdões. Mariquices do blogger...
http://capitaoamendoim.blogspot.com
Olá. Finalmente uma pergunta útil... Que ninguém responde a não ser para dizer que é uma boa pergunta. Pela qualidade da discussão, nota máxima...
Não sou assistente-social, como já alguns saberão. Sou profissional "adjacente" e também não tenho Ordem, embora pareça que vem a caminho. Respondo portanto por mim - Para que quero eu uma Ordem? Três aspectos concretos: (1)Promover e defender a ética, a deontologia e a formação dos profissionais, de forma a garantir os melhores serviços aos utentes; (2)Promover os interesses da profissão a diversos níveis, de onde destaco os socio-profissionais e (3) desenvolvimento da classe, por exemplo, através da colaboração com as instituições de formação.
Não quero uma Ordem para mudar a sociedade, nem acho que vocês necessitem dela - e muito menos a sociedade!
Quero uma Ordem polémica e polemizante mas reguladora, capaz de promover o debate mas também capaz de o concluir. Quero uma Ordem democrática, onde a maioria tenha o poder de decisão e a(s)minoria(s) poder de contestação.
Não sei se ajudei, mas tenho estado a acompanhar de longe e o desespero pela fraca participação neste teu (vosso) projecto, e... olha... não há pachorra...
a continuação da discussão fica pendente... mas prometida.
O Pedro, que não conheço, e presumo que pela adjência descrita se situará pelas psico, uma vez que é a única Ordem já aprovada para iniciar em 2007, após a reconfiguração do Estatuto das Ordens em Portugal, parece ter tornado as coisas simples. Isto uma Ordem, faz o que deve, ORDENA.
Organiza uma profissão. Por intenção delegada do Estado, de forma corporativa e não por livre iniciativa dos seus profissionais associados, pela livre associação. E aqui começa um primeiro debate. Nós temos, um Estado corporativo dentro de um Estado Democrático, tendente a reproduzir elites. Na verdade nas Ordens já estabelecidas, as questões das maiorias e minotias não são asim simples. Pois o Pedro, caso desconheça esses meandros nenhum governo (melhor partido e interesses) vai deixar em sub delegações uma liberdade de acção que ponham em causa a sua acção. A luta pelo controle das Ordens é enorme e se atentarmos, por vezes parecem oligarquias. Por outro lado, há lobbys como da Univ. Católica, que mantêm sempre um peso e uma inevitabilidade que faszem com os seus cursos estejam sempre no top mesmo quando não assim seja.
Por outro lado, as Ordens nasceram principalmente para as profissões liberais (médicos, advogados, engenheiros,etc, piois o Estado não poderia controlar os seus profissionais, dado que não tinham regulação laboral, ética, política, social possível e este foi o acordo. É claro que hoje poderemos questionar quem é e quem não é liberal, que profissões são e não são e no caso das psi, penso até, similar ao nosso, o enquadramento é o forcing...Mas o principal é que a Ordem passou a ser a senha de entrada para a elite, como ser Licenciado em Portugal, uma espécie de superioridade.
Os Sociologos não possuem Ordem e não parecem querer, mas possuem um ãmbito de acção teórico e prático bem maior, que nós todos.
O cerne é, a Ordem é o caminho para a afirmar uma organização num contexto de desorganização, perpetuando uma élite? ou poderá ser o espaço de reunião e debate em torno dos principais problemas de uma área profissional?
Os professores continuam a possuir um Sindicato poderoso. Os médicos estão divididos. Os advogados, naturalmente porque são profissão essencialmente liberal, têm a Ordem. Os Sociólogos tem uma Associação. Os psicologos foram perdendo as diversas estrututuras parece que vão ter a Ordem. Os Assistentes Sociais, poderão ter a Ordem, mas não vão resolver problemas de fundo que desejam , uma outra afirmação sócio-profissional, este só se faz indo á raíz e discutindo tudo até ao tutano, renascendo unidos em torno de um projecto comum.
Não contexto a Ordem, mas penso que os caminhos fechados é que não interessam. Pense bem Pedro e se calahar entre os seus colegas também haverá mais dúvidas que certezas.
A auto-regulação e a congregação de interesses (ainda que diferentes e respeitados como tal) parecem-me pacíficos e aponto esses eixos de acção como fundamentais. Num plano concreto esse auto-regulação atende ao tal projecto ético-político, sendo esta noção de política subjacente a mais nobre e originária. A provicação do Pedro, nas entrelinhas, parece-me pretender atingir outro plano: uma ordem para a profissão e não para a sociedade... mas uma profissão que trabalha embrenhada quotidianamente com velhas e novas questões sociais, pode agir apenas pela eminente aplicação cega de políticas e de medidas pré-determinadas? Ou deverá esta profissão de pensar e repensar (para além de "aplicar" e agir) políticas e medidas adequadas às necessidades de uma população? E fazê-lo, não é, em si, um acto político (entenda-se com carga ideológica necessariamente)? Claro que é um acto político que têm o poder que tem. Não é "poder político ou executivo" no sentido a que estamos habituados, mas é poder. A auto-regulação desse poder e de outros poderes e deveres, assim como a promoção do debate em torno do que lhe subjaz também é o que espero de uma ORDEM. Só não espero a impsição de uma determinada linha como única, isso não!
jpsilva tocou, quanto a mim, na verdade nua e crua de uma suposta aprovação da Ordem de Assistentes Sociais: nenhum executivo aprovará uma Ordem que não obedeça aos seus interesses, não no seu perfeito juízo.Apesar da pressão parece que ainda não é desta. As estratégias para passar a aprovação da Ordem não têm sido as mais correctas... Só as forças ~que não estão no governo poderão ter interesse pela nossa causa e não os outros.
Esta semana fui surpreendida com uma reportagem no minímo curiosa sobre os professores. os professores mártires e não o professor culpado e o bode expiatório de todos os males. Mas como nem sempre há coincidências hoje vejo que a Ministra da Educação tem a "cabeça a prémio" porque afirmou que a má qualidade do ensino se deve aos professores(ou algo do género). Ora cabe perguntar que interesses financiam uma reportagem que vitimiza os professores e passa essa imagem para a opinião pública. Será a FENPROF.???
Quanto à NOSSA ORDEM cumpre perguntar o que pensa a maioria?
~Como participam na vida associativa profissional? reconhecem algum valor a esta participação?
"eles que façam mas é a Ordem que isto muda logo", a Ordem já parece o tal D. Sebastião, será que chega num dia de nevoeiro....
Perguntem a cada profissional quais os seus contributos diários, que investimento profissional têm feito para a dignificar da profissão...para aumentar a sua visibilidade..Porque somos constantemente culpados e bodes expiatórios de crianças vitimadas pelos próprios pais quando os governos se demitem diáriamente desta função de protecção dos menores..Estou certo de que para continuarmos como bode expiatório de crimes sociais não podemos ter uma ORDEM!!!
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