18.12.06

olhar para o umbigo

Atendendo ao que empiricamente conhecemos da situação profissional actual dos assistentes sociais e às dificuldades inerentes ao desempenho profissional com que nos confrontamos, é fundamental que haja quem produza conhecimento nesta área que possa dar visibilidade à problemática.

A formação pós-graduada nesta área é muito recente em Portugal. Se durante uns anos foi necessário investir na compreensão sobre as principais problemáticas com que trabalhamos, neste momento é também necessário olhar a profissão. Coloca-se o desafio de criar uma linha de investigação que se dedique à profissão na contemporaneidade no contexto nacional. Há que produzir teses sobre a profissão. Aqui ficam algumas ideias.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei especialmente deste tema, especialmente porque penso que vivemos um período "interessante" no Serviço Social. Vivemos num período de questionamento sobre a prática profissional e os seus produtos em termos de resultados e vivemos, igualmente num período de questionamento sobre a prática profissional e os seus produtos em termos dos seus processos. A questão é qual dos dois percursos queremos escolher? O primeiro remete para o discurso politico vigente onde as medidas sociais aplicadas são quantificadas, informatizadas e interessa criar visibilidade social do investimento social feito. A segunda remete para a responsabilidade do técnico em termos de uma prática reflexiva no que se refere à relação que mantém com os "vários mundos" onde participa onde é agente mas também actor. Só que nesta, a visibilidade é mais demorada e o trabalho muito mais "pesado". Exige e é exigente. Gostava de acreditar que vamos caminhar para esta segunda via em que nos reconhecemos quer no que fazemos, quer nos olhares de "com quem o fazemos". Veremos...

S Guadalupe disse...

podemos não caminhar todos ("nós"), mas acredito que alguns o estarão a fazer (e sei que estão!).