visibilidade pública do trabalho do assistente social
Depois de 152 pessoas terem votado numa sondagem experimental que esteve aqui a decorrer, os resultados para a questão "o trabalho dos assistentes sociais tem visibilidade pública?" foram os seguintes:
- Tem visibilidade para o público em geral - 11% (17 votos)
- Tem visibilidade para os decisores políticos - 3% (4 votos)
- Tem visibilidade para as chefias - 3% (5 votos)
- Tem visibilidade para os utentes - 54% (82 votos)
- Não tem qualquer visibilidade - 29% (44 votos)
Talvez seja altura de investir mais para tornar cada vez mais visível o nosso trabalho para as chefias, os políticos [que decidem!] e para o público em geral. Comecemos hoje mesmo a discutir estratégias para que este trabalho venha à luz do dia.
14 comentários:
A propósito gostaria de chamar a atenção para a entrevista do Dr. Edmundo Martinho, nosso colega assistente social e presidente do Instituto da Segurança Social, ao programa Perdidos e Achados. A percepção que ele demonstrou do trabalho dos colegas que actuam no directo ficou bem patente...e mais não digo porque não me quero irritar.
Não vi! Não tenho visto TV... é da SIC, não é? Vou tentar rever...
http://sic.sapo.pt/online/noticias/sic+tv/perdidos+e+achados/
carissimas colegas, é de facto muito triste ver que tao pouco se faz ao nivel do trabalho social por parte dos nossos governantes,, que tao pouco eles investem em nós..e prova disso foi o fecho da 1ª casa de ensino se Serviço social...Vergonhoso!!! é com muita tristeza e cada vez mais anguistia que todos os dias procuro emprego na area e me deparo com o "nada"...vivo na area de lisboa e se algum colega souber de alguma oferta, ficaria muito grata.(daysiee@gmail.com)
vou continuar a ser insistente socialmente e a contribuir naquilo que puder pra tornar melhor o serviço social em portugal.
:)
Confesso que após ver a entrevista, que não tinha tido oportuniadde, não vejo onde a colega encontra tais argumentos.
Penso ao invés, é que devemos questionar exactamente práticas circulares, que não enfoquem a partilha e a rede intercomunicacional e isto por muito que nos custe é algo muito vulgar.
Também devo chamar a atenção que o Dr. Edmundo Martinho é Presidente e não técnico, neste momento. Que é importante para a profissão, mas o seu cargo implica um visão abrangente e não uniprofissional.
Tão ingénuo colega Joaquim...
Achará mesmo que sou ingénuo?!...
Olhe que não, Olhe que não...
Sabe é que apesar de tudo ainda tenho como valor não tentar atacar colegas em exercício de funções públicas, gosto mais de atacar outros que não dos nossos, mas quando é a própria profissão que os ataca!... è de fugir, valha, as facas andam mesmo afiadas!
E o engraçado é que nestes comentários são os próprios colegas que dizem, de muitos, terem práticas assistencialistas, e não estão no governo, Oha se Estivessem, ... talvez Estaline voltasse, é mesmo de fugir, com o diacho, esta profissão nem é solidária com os seus...a inveja, maldita, coitado do Antero acabou a tiro nos açores, ainda bem que o século XIX já se foi!
Penso que a questão colocada para votação, pode também ser medida através do RSI. A visibilidade desta medida na opinião pública é negativa e por atalho o trabalho dos técnicos. A percepção que a generalidade das pessoas têm é de que os técnicos andam a subsidiar a preguiça. E atenção que esta opinião pública não se limita às conversas de rua, alastrando-se também ao discurso de outros profissionais das mais variadas áreas, como por exemplo na saúde. Ao que sei em países que possuíram a experiência do RSI, como França e Espanha, ao fim de alguns anos foi abolida. Não conheço o impacto que a medida teve nesses países e se terá tido algo que ver com essa decisão, e se o impacto foi positivo ou negativo. Se o mesmo sucedesse em Portugal, confesso que não consigo prognosticar o impacto. Mas a percepção que tenho é que o RMG/RSI não tem tido o impacto desejado. Mas admito ser uma opinião discutível que carece de um estudo aprofundado. Não deixa, no entanto, de ser uma medida que na teoria faz sentido, em termos de alguns princípios orientadores, como o da definição de projectos de vida concretos. O problema está no efeito prático da implementação da mesma. Mesmo assim, antes de existir o RMG/RSI, os assistentes sociais já eram criticados por atribuirem apoios económicos. Nesse aspecto nada mudou, mesmo tendo em conta que o RMG/RSI trouxe mais regras e coerência nesse tipo de apoio social, mesmo que algumas sejam discutíveis. Também acho que houve técnicos que não souberam ainda aproveitar as potencialidades da medida, em termos de constituir uma oportunidade de mudança de modos de actuar.
Parece-me que o António Duarte colocou bem o problema e o dedo na ferida.
Entre chicos espertos e ingénuos esperemos que se salvem alguns!
Como sempre confude-se tudo, do meu ponto de vista: O presidente do IDS é um político e têm um cargo de nomeação política . A mim não me interessa a licenciatura de base que têm. Nem espero deste nenhuma atitude que dê visibilidade à profissão. A ele só lhe interessa dar visibilidade ao governo, minimizar o impacto da notícia, se for negativa, para o governo e a instituição que gere.Eu já aprendi, há muito muito tempo, que se não formos nós Assistentes Sociais a lutar por... Ninguém nos dá nada de mão beijada.
Eu só consegui ver o anuncio do programa portanto não vi a intervenção do presidente,que irritou tanto as hostes e suscitou algum debate, porém a mim só me interessava discutir a questão de base - deixar a droga é muito mais que deixar o consumo da substância e como o Serviço Social no caso do trabalho com toxicodependentes se organiza e até confronta o poder político com as politicas que preconiza na matéria. Infelismente, muitos dos profissionais de serviço Social a trabalhar com toxicodependentes ainda não perceberam isto. Caladitos sossegaditos, vão criticando o sr. presidente, que se calhar nunca exerceu na vida a profissão....
Aonde é que ficará esse IDS? Desconheço quem seja o seu Presidente. O do ISS talvez, O SR. Provocador demonstra que está atrasado no tempo.
Depois relativamente às drogas é o IDT, também não consta que seja o Dr. Edmundo seu Presidente.
Muito desconhecimento...
Mais do que a quantidade o que me preocupa é a qualidade da visibilidade da profissão, o que em última análise se reflecte no seu reconhecimento social ou imagem social da profissão. Quando profissionais de Serviço Social respondem à questão sobre a forma como percebem a imagem que lhes atribuem algumas respondem assim: "a população alvo considera-nos deuses ou diabos, conforme a resposta que lhe damos" ou "considero o profissional assistente social como uma pessoa sensível, com competências para ajudar o outro". Isto sim preocupa-me, igualmente, uma vez que não nos é reconhecido um estatuto profissional específico mas antes um ser polivalente com uma lógica altamente distributiva. De que forma é que nós trabalhamos para a continuidade deste protótipo? Pergunto eu... E de que forma formação académica reproduz esta lógica? Muitas vezes também reiterada pela figura do Estado ou pelas chefias institucionais e políticas?
pois é... se calhar a visibilidade desta linda profissão não transparece porque a sociedade não tem presente o que faz um assistente social...
quando falamos de um médico ou de um engenheiro toda a gente sabe quais as suas funções,mas quando falamos num assistente social a ideia de "esbanjar" subsídio assalta a mente das pessoas.
será que não está na hora de fazer nada para alterar esta situação?
será que a sociedade, em geral, não tem ideia do que é ser assistente social porque alguns profissionais não dignificam a profissão?
ou porque será?...
Susana
Enviar um comentário