Estágio em Serviço Social

O Estágio académico pré-profissional em Serviço Social mantém-se nos cursos de 1º Ciclo (Licenciatura) como uma unidade estruturante dos planos curriculares. Mas tal traz implicações nos planos, tanto na sua duração como organização. Nalguns casos, o curso ficou com 7 semestres (em vez dos normativos 6 semestres ou 3 anos) para poder comtemplá-lo; noutros, terão prescindido de unidades curriculares importantes para encaixá-lo, etc...

Outras áreas, como a Psicologia, conseguiram articular esforços, a nível nacional e europeu, no sentido de promover o curso com mestrado integrado. Na Psicologia, o curso de 1º ciclo é de 3 anos, sem estágio, mas, para que o profissional venha a exercer a sua profissão, tem de completar o 2º ciclo (onde está contemplado um estágio) e posteriomente fazer mais 1 ano de estágio profissional. Neste caso verificou-se um alargamento do plano formativo para 6 anos, contrariamente ao espírito de Bolonha, mas a profissão ganha em consolidação da sua formação.

Ora, a formação que exige o estágio sofre constrangimentos quando não existe uma entidade que assegure a regulação do acesso à profissão. Tudo seria diferente se existisse uma Ordem Profissional que organizasse e obrigasse à existência de um estágio e à prestação de provas de competência para aceder a esta profissão. Os cursos poderiam, assim, reorganizar-se e partilhar responsabilidades na supervisão desses estágios. Os estágios poderiam passar para o final do primeiro ciclo ou mesmo para o contexto do 2º ciclo, qualificando e investindo na qualificação dos profissionais.

Mais tarde ou mais cedo seremos obrigados a repensar a estrutura da formação e o estágio continua a jogar aqui um papel determinante!