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Aquilo a que eu assisto diáriamente, enquanto AS da Segurança Social, é que as familias dos nossos dias já não têm tempo nem paciência para cuidar dos seus idosos. (para não falar da falta de dinheiro)
Os idosos são vistos como um fardo. Os familiares, ainda que filhos ou filhas, trabalham fora de casa, por vezes longe dos empregos. Pouco tempo têm para os filhos, quanto mais para lavar, dar de comer, mudar a fralda ou a algália, para além das constantes idas ao hospital ou os gastos com a medicação e afins, que um idosos representa e carece. São cada vez menos os que se dispõem a tal sacrificio.
Arranjam mil e uma desculpas e justificações para que nós (AS e comissões de avaliação para acesso aos lares de idosos/ uma vez que são sempre muitos mais os pedidos do que as vagas disponíveis) vejámos e sintámos a sua anjustia e necessidade em conseguir colocação para o seu idoso. Por vezes essas lamentações são como que desculpas e justificações para os próprios, perante o acto que sabem não ser bem visto; enviar um pai ou uma mãe para um Lar de Idosos.
Até dizem que o idosos vê com bons olhos tal solução e que os Lares de hoje são muito bons, e que assim tem companhia e melhores cuidados. MELHORES DE QUE PONTO DE VISTA?
Por isso digo, 17000 mil camas para cuidados continuados não é suficiente agora, quanto mais em 2016!!
Com o esticar da vida (o texto do link indica que em 2050 "um em cada cinco mil portugueses terá mais de 100 anos, e que dupolicará a percentagem de idosos em portugal.") nessa altura (2016) serão necessárias, pelo menos, 80.000 mil camas.
....em 2050, com mais de 2000 portugueses centenários, o número de acamados subirá para os 300.000 mil.
Viver num país pobre trás desses constrangimentos; trabalhamos toda uma vida, para, no final, depois de tudo aquilo que descontamos para o Estado, não termos garantia de cuidados de saúde dignos e à medida da nossa contribuição para a Segurança Social.
Não vejo as coisas da mesma forma. Se as famílias não têm condições para cuidar dos seus, temos de nos interrogar sobre as razões... não são propriamente desculpas. Não tem a ver apenas e só com os valores ou com questões de moral.
Eu costumo dizer que se queremos as famílias apoiantes, temos de encontarr formas de apoiar a família para que esta proporcione suporte aos seus, ou seja, assuma as suas funções internas de protecção. Costumo ainda afirmar que temos de ser A REDE DA REDE.
As políticas sociais servem para isso, mas também transformam valores. Só daqui a uns anos poderemos avaliar (mas podemos sempre antecipar) o impacte que tem uma medida destas.
Tudo isto está relacionado com uma forma de equacionar a sociedade que queremos?!?
2 comentários:
Ainda assim são muito poucas.
Aquilo a que eu assisto diáriamente, enquanto AS da Segurança Social, é que as familias dos nossos dias já não têm tempo nem paciência para cuidar dos seus idosos. (para não falar da falta de dinheiro)
Os idosos são vistos como um fardo. Os familiares, ainda que filhos ou filhas, trabalham fora de casa, por vezes longe dos empregos.
Pouco tempo têm para os filhos, quanto mais para lavar, dar de comer, mudar a fralda ou a algália, para além das constantes idas ao hospital ou os gastos com a medicação e afins, que um idosos representa e carece.
São cada vez menos os que se dispõem a tal sacrificio.
Arranjam mil e uma desculpas e justificações para que nós (AS e comissões de avaliação para acesso aos lares de idosos/ uma vez que são sempre muitos mais os pedidos do que as vagas disponíveis) vejámos e sintámos a sua anjustia e necessidade em conseguir colocação para o seu idoso. Por vezes essas lamentações são como que desculpas e justificações para os próprios, perante o acto que sabem não ser bem visto; enviar um pai ou uma mãe para um Lar de Idosos.
Até dizem que o idosos vê com bons olhos tal solução e que os Lares de hoje são muito bons, e que assim tem companhia e melhores cuidados. MELHORES DE QUE PONTO DE VISTA?
Por isso digo, 17000 mil camas para cuidados continuados não é suficiente agora, quanto mais em 2016!!
Com o esticar da vida (o texto do link indica que em 2050 "um em cada cinco mil portugueses terá mais de 100 anos, e que dupolicará a percentagem de idosos em portugal.") nessa altura (2016) serão necessárias, pelo menos, 80.000 mil camas.
....em 2050, com mais de 2000 portugueses centenários, o número de acamados subirá para os 300.000 mil.
Viver num país pobre trás desses constrangimentos; trabalhamos toda uma vida, para, no final, depois de tudo aquilo que descontamos para o Estado, não termos garantia de cuidados de saúde dignos e à medida da nossa contribuição para a Segurança Social.
Tudo isto é Triste, tudo isto é Fado.!!!
Não vejo as coisas da mesma forma. Se as famílias não têm condições para cuidar dos seus, temos de nos interrogar sobre as razões... não são propriamente desculpas. Não tem a ver apenas e só com os valores ou com questões de moral.
Eu costumo dizer que se queremos as famílias apoiantes, temos de encontarr formas de apoiar a família para que esta proporcione suporte aos seus, ou seja, assuma as suas funções internas de protecção. Costumo ainda afirmar que temos de ser A REDE DA REDE.
As políticas sociais servem para isso, mas também transformam valores. Só daqui a uns anos poderemos avaliar (mas podemos sempre antecipar) o impacte que tem uma medida destas.
Tudo isto está relacionado com uma forma de equacionar a sociedade que queremos?!?
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