mais um concurso que coloca à margem o Serviço Social
Num comentário anónimo deste blogue, lê-se o seguinte:
«Aviso n.º 24309/2007, D.R. n.º 237, Série II de 2007-12-10 Câmara Municipal de Vila Real. Abertura de concursos para vários lugares de cargos dirigentes. Chefe de Divisão da Acção Social e Saúde Perfil pretendido: Licenciatura em Sociologia. Ao consultar o DR de 2007-12-10 na parte “Concurso de Cargos de Dirigentes” verifica-se isto... É admissivel, porquê apenas da área da sociologia?... Talvez no poder autárquico seja possivel tudo... Mas não podemos deixar de nos indignar (...)»
14 comentários:
ENTÃO QUANDO SAI UM CONCURSO PARA SERVIÇO SOCIAL, É REVOLTANTE NÃO SAIR NADA PARA OS SOCIOLOGOS!!! PELO RACIOCINIO DESTE "POST"
MAS ESTES AGORA DO SERVIÇO SOCIAL, QUEREM RAPAR TUDO QUE HÁ AI...NA ÁREA DO SOCIAL....JUÍZINHO!
lolololol :D Desculpem mas este comentario a cima teve piada!!!
Juizinho??? lololololol
Confesso que também não percebo bem a lógica deste comentário... se pedem um Licenciado em Sociologia qual é a dúvida??
Acrescento que sou assistente social...
O problema é bem mais complexo. Estamos a falar de um serviço - acção social e saúde - cuja missão é a intervenção directa junto das populações, de acordo, inclusive, com a transferência de competências a que as autarquias estarão sujeitas nos próximos tempos.
Ora, a intervenção directa, o acompanhamento de proximidade às populações, sempre foi da legitimidade do assistente social. Não apenas cá em Portugal, como na esmagadora maioria dos países. Portanto, não faz sentido que um serviço com essa missão, venha a ser dirigido ou possua sociólogos para prestar este tipo de serviço. Nunca os sociólogos intervieram com esta lógica. E até na questão da investigação, há diferenças, dado o assistente social tender a uma investigação-acção a partir do seu objecto de intervenção, enquanto o sociólogo parte para uma linha de investigação mais genérica.
Não digo que não devam existir sociólogos nestes serviços, desde que intervenham de acordo com o seu perfil profissional.
É o assistente social que possui a tradição de intervir directamente junto das populações. Somos nós que desenvolvemos, ao longo de várias gerações, muito da intervenção que se faz agora. Possuímos uma legitimidade histórica que nenhum outro profissional possui, para além de possuirmos uma formação académica muito mais adequada.
E esta é a realidade que sempre tivemos e temos na esmagadora maioria dos países. Cá em Portugal, é que se está a dar esta deriva por parte dos sociólogos, deriva essa que tem aproveitado a falta de regulamentação que existe nalguns organismos, como é o caso das autarquias.
Todas as fronteiras que se possam colocar entre profissões desta área, são meros artifícios, assim como as fronteiras que delimitam nacionalidades...
mas são baseadas nas competências que se julga estarem associadas a um determinado perfil de formação.
Não consigo perceber é como é que o Serviço Social, assim como outras profissões do chamado Trabalho Social, podem ficar de fora dum concurso para uma chefia de um departamento deste género. Não vejo que a formação em Sociologia atribua competências que se possam diferenciar das restantes profissões tanto assim para um cargo deste género. Se não é assim, perdoem a ignorância!
Concordo em pleno com a fundamentação dos dois últimos comentários. E não tenho nada contra a sociologia...
Mas deixo a questão no ar, será que aqui se aplica apenas um "job for de boys"?...
O amigo se estivesse caladinho! Então a mibnha colega esforça-se a trabalhar e ia ser preterida por alguém de serviço social só porque de repente aparecia! Tenha dó de si, se calhar você é mesmo um Job.
Cara Guadalupe,
Quando acontece o contrario,quando os concuros são limitados só a profissionais de serviço social, quando em inumeras e repito inumeras vezes poderia ser mais alargado nas competências a outras formações.E sabe bem do que estou a falar! Aí a caríssima amiga já não se questiona?!! É que isto de que o nosso umbigo é o mais bonito acontece em todas as profissões! Desamparem a loja e deixem de ser pedantes à procura de tudo que se movimenta no " negócio social"!
Liberdade de expressão, é um facto que todos temos direito a ela. Mas a verdade é que me choca a forma como algumas pessoas se expressam de forma absolutamente desagradável e desnecessária!!
Uma pessoa perde de imediato a vontade de participar em discussões que em vez de serem construtivas passam a destrutivas num instante...
AS, daí que tenha desistido de responder a tais comentários. Não tem a ver com arrogância, mas com a tentativa de manter a boa educação e o respeito em condições aceitáveis.
Mas também faz pensar de vale a pena incentivar a participação ou mesmo participar em discussões. Isso sim...
É porque os Sociólogos tem sem, margem de dúvida, melhores competências do que os Assistentes Sociais, que até há uns bons anos atrás nem licenciados eram. E a sociologia sempre foi licenciatura.
A sério... entristece-me tanto ler este tipo de coisas!!
Mas que perseguição é esta??
Gostava de saber onde está escrito, quem foi que disse que os Sociólogos têm mais ou menos competências do que outros profissionais, que ainda por cima são de áreas diferentes??
Mais ainda... se os sociólogos são tão melhores, não sei porque ainda não se terminou com a licenciatura em serviço social, e porque continuam a contratar técnicos desta área...
Caros colegas
Se me é permitido motivar, sugiro que as discussões existam mas só há volta de comentários com educação, respeito e que sejam de nível superior...
Depois deveria haver intervenção "legal" dos AS, o resto é: o caminho faz-se fazendo-se...
realmente não entendo o porquê destes conflitos entre a sociologia e o serviço social. até porque o que está aqui em causa é o direito de exercer actividades profissionais que correspondem, por uma questão de competências adquiridas na respectiva licenciatura, ao campo de serviço social. não qero com isto dizer que os sociólogos são desqualificados profissionalmente, mas não se enquandram em todos os empregos, tal como os assistentes sociais.
outra questão que coloco é a falta de fairplay por parte de algumas pessoas, que nem coragem têm para assumir aquilo que dizem, fazendo-o apenas dce forma anónima. já agora um recado para essas pessoas: sejam humildes profissionalmente e verdadeiros profissionais, reconhecendo os seus limites e os da respectiva profissão.
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