10.4.08

artigo sobre "o trabalho social paliativo"

Marc-Henry Soulet - O Trabalho Social Paliativo, Entre redução de riscos e integração relativa (Revista Cidades, Comunidades e Territórios, n.º 15 Dez. 2007)
«O Estado social reconfigurou-se um pouco por toda a parte em torno do Estado social activo, mais especificamente em torno do Estado de investimento social, que se baseia no desenvolvimento das capacidades de acção dos indivíduos, apoiando as suas condições de realização. Contudo, há um postulado implícito nestas formas de acção. Pressupõe-se que cada um detém capacidades socialmente significativas e socialmente adaptáveis. No entanto, alguns indivíduos, devido à sua trajectória biográfica, bem como à natureza das exigências do sistema socio-económico, não conseguem assumir uma lógica de activação. Para esta população, não é a emancipação que está no centro da intervenção, mas sim a vulnerabilidade. Desde logo somos obrigados a constatar a coexistência de duas novas figuras no trabalho social, uma que procura promover potencialidades positivas e a outra que visa contrariar potencialidades negativas. Este artigo propõe-se explorar, ao lado da figura dominante do trabalho social generativo, os contornos de uma intervenção social paliativa que se esforça para manter um trabalho de acompanhamento mas um trabalho lento.»

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