3.4.08

Nada de novo na Assembleia da República

Tal como esperado, fomos remetidos para a Lei-quadro das Ordens recentemente criada, apesar do projecto de estatutos ter dado entrada há 5 anos na AR ou da petição datar de há 1 ano atrás.
Ou seja... nada de novo!
  • O PS fez uma resenha formal dos passos trilhados pela APSS e remeteu para o novo enquadramento legal.
...nada de novo!
  • O PSD saudou a iniciativa e... idem aspas.
...nada de novo!
  • O BE assinalou todas as áreas onde encontramos assistentes sociais a trabalhar na administração pública e destacou a desregulamentação existente no campo das IPSS. Vê a intenção como legítima.

Interessante trabalho de casa!

  • Dos Verdes vem uma intervenção que manifesta as diferentes vertentes que fundamentam a relevância da pretensão.

Palavras reflectidas!

  • O CDS-PP assumiu uma franca homenagem pelo trabalho dos assistentes sociais com as pessoas em dificuldade e em exclusão... assumindo o seu discurso habitual em torno da pobreza e dos pobres, destacando o desemprego enquanto problema social.

Deixou o recado ao PS por ter criado a alínea do estudo promovido pela entidade independente que retira à AR a legitimidade da aprovação das Ordens.

  • O PCP revelou a sua preocupação com a situação actual dos assistentes sociais, vincando, no entanto, que a Ordem não resolverá os seus problemas laborais. Ou seja, é fiel aos seus principios anti-corporativistas.
Também já sabíamos isto: a acção de uma ordem e acção sindical não se sobrepõem.
  • Os pontos cadeais não se reorganizaram...
Falta saber quem é tido como legitimamente independente para elaborar tal estudo e, já agora, quem o deveria pagar... já que haverá certamente custos elevados envolvidos no cumprimento de um requisito imposto pelos representantes de um povo que não deveriam delegar as suas responsabilidades em terceiros... e assumir as suas decisões.
Lá terá de ser...

18 comentários:

Anónimo disse...

Ouvi o debate e fiquei satisfeito, todos de uma forma geral valorizaram a importância da criação da ordem, julgo que é importante não perdermos a energia que existe entre a classe e continuar o trabalho. Não esperava do debate mais do que o refrido tendo em conta a publicação da nova lei.

Anónimo disse...

Não estou muito por dentro deste processo, mas não haveria a possibilidade de criar uma task force com todas as instituições de ensino de serviço social em Portugal para elaborar o tal estudo?

Não terão as mesmas legitimidade e independência cientifica que lhes permita ter esse papel?

Cumprimentos,

S Guadalupe disse...

Ao anónimo... sim... era o esperado, apesar de todos reconhecerem a entrada do processo em 2003, remeteram para o novo enquadramento legal. Também fiquei satisfeita com as palavras sedutoras dos intervenientes (devidamente enquadradas ideologicamente), reconhecendo a relevância social da profissão.

Ao Miguel Ângelo... tal estratégia seria interessante mas poderia ser suicida, pois a independência poderia estar em causa, já que a requerente (APSS) tem nos seus corpos gerentes pessoas directamente ligadas a algumas instituições de ensino, como sabe. Depois, seria complicado encontrar patamenres de encontro com tantas instituições envolvidas. Na minha perspectiva deverá ser uma única instituição reconhecida a produzir um documento que, obviamente, recorrerá a contributos de investigadores da área. Tal não é fácil...

Quem não é desta área, quando eu falo nisto, perguntam-me logo se o deputado que defendeu a implementação do estudo não teria por um acaso uma empresa de consultadoria...

Ironias à parte, não vejo possibilidades deste tipo de estudo estar entregue a uma lógica empresarial de consultadoria...

Também não se encontra na lei, qualquer tipo de especificação face ao estudo, ao tipo de instituição a produzi-lo a mesmo quem deve pronunciar-se sobre ele.

Enfim.. há que fazê-lo e depois logo se verá. pelo menos, no plano das declarações políticas já sabemos com que contamos. Foi essa a vantagem deste debate.

Anónimo disse...

Uma enormidade a questão da "entidade independente", então que tal recorrermos ao Provedor de Justiça. Poderá dar um parecer e abrir algum caminho!
Sabemos que lá se encontram um conjunto de "jurisconsultos" que podem descurtinar quem é essa entidade...!
Fátima Côrte-real

Anónimo disse...

Pena que a moderadora do Blog não consiga manter a imparcialidade em relação à sua cor partidária na análise que faz ao debate parlamentar...

Anónimo disse...

Não me parece ser uma questão de imparcialidade relativamente à sua cor partidária mas uma questão de realismo. Foi exactamente o que se passou.

Anónimo disse...

A Moderadora deste debate há muito tempo que demonstrou a falta de imparcialidade e coerencia.
Não realizar uma lista e aceitar, resignar-se a cooperar com outros, para ter poder ou representar uma facção política, é o que não se esperava, da nossa colega.
A sua análise da sessão é tão esquisita: então caras a lei não é para cumprir? Esta Ordem ia ficar decidida aqui sem mais? Não entendi. Foi com certeza uma vitoria a petição chegar aqui, agora outros normativos entrarão ewm cena e as colegas tem de ir para a frente.
Sem ir a votos não penso que a moderadora e responsável deste blog, dignifique colegas que apostaram nela. Tenho pena, que por causa da sua estratégia política ou da cor política tenham evitado que outros avançassem, mesmo que discorde deles nlgumas coisas, parecem-me mais sãos e coerentes.
A primeira colega insisti tem razão, a moderadora ficou encantada com a sua cor, para não deslustrar citou o CDS, como eventualmente estiveramos a avaliar a prestação partidária e não apenas se alguém seria contra, como não aconteceu, parece-me que no global estamos todas de parabéns, para já.

S Guadalupe disse...

Como defendora do construtivismo e construcionismo social nunca tive nem tenho pretensões de imparcialidade ou de verdade, pois nem acredito que existam!

Tenho, no entanto, muita curiosidade em saber qual é a minha cor política, já que em 35 anos de vida eu própria não consegui saber até agora.

Conheço as minhas ideias bem e fico descansada em saber-me coerente comigo própria.

RELATIVAMENTE À SESSÃO
A única coisa que interessava era perceber o posicionamento dos grupos parlamentares relativamente à criação da Ordem, assim como perceber qual o seu discurso sobre a profissão.

Fiquei contente com os elogios tecidos à categoria profissional por parte de todos os grupos.

Fiquei contente em perceber que o discurso reflectia a ideologia de cada partido de forma clara e inequívoca.

Poderia, no entanto, ter sido reconhecido que o processo era anterior à lei (5 anos antes) e escusar um dos requisitos, como, aliás aconteceu para os psicólogos, com a diferença de que o processo destes não só deu entrada antes como subiu a comissão (coisa que não aconteceu no nosso caso).

Há que cumprir a lei, é certo. Curiosamente ninguém sabe esclarecer muito bem (mesmo quem fez a lei) como deve ser cumprida! Fique sabendo!

RELATIVAMENTE A MIM
Nota-se que não me conhece! Lembre-se disso quando de mim escreve. Também se nota que não conhece o processo. Os pormenores são importantes e foram-no nas minhas tomadas de decisão, precipitações, etc. Não gosto de equivocos muito duradoiros, mas guardo para mim o restante sob pena de cometer injustiças se mais sobre isto avançasse. Não criei o blog por estratégia pessoal. Não fiz a petição por estratégia pessoal. Nunca me coloquei numa casa de apostas. Não quero que apostem em mim: apostem em vós! Não quero que acreditem em mim: acreditem em vós! Não peço a ninguém audiência. Nunca o fiz. Não ganho nada com isto, a não ser o gozo pessoal de poder contribuir no pouco que seja para esta profissão se dignifique e se una.

Pode parecer estranho, mas sinto-me muito tranquila. Confesso-me muito pouco ambiciosa, o que também pode parecer estranho. O poder não é uma ambição e conquista a todo o custo. Para mim é uma enorme responsabilidade. O poder que tenho resume-se ao que tenho aqui divulgado e opinado e ao facto de ser escutada, contestada e aplaudida. É esse o poder que me pesa, mas não é a mim que se deve!

Continuem por cá, mas, se possível, mostrem a coragem que eu mostro todos os dias e que me distingue destes anónimos: dou a cara!

Anónimo disse...

Na verdade Sónia desconheço muita coisa por não viver esses meandros, mas o conhecimento possuido não abona em seu favor, até por visitar muito este blogue já li coisas tão dispares escritas por si, por isso afirmo não é imparcial e criou expectativas que frustrou, mas no momento certo.
Aliás tanto a colega como outro colega de outro blogue ao lado, os dois não foram coerentes com a mobilização efectuada.

Anónimo, enquanto me deixarem, neste momento prefiro não apor o nome.

S Guadalupe disse...

caro(a) anónimo(a) (percebo a sua reserva)... compreenderá que em 2 anos há coisas que se escrevi e que preferia não ter escrito passado uns momentos, mas que a minha teimosia obriga a manter. Claro que não sou nem pretendo ser um exemplo de extrema coerência, já que ninguém é! Nunca prometi a ninguém imparcialidade, na qual não acredito epistemologicamente. No entanto, a minha parcialidade é comigo mesma. Não vendo aqui as palavras de ninguém para além das minhas próprias, percebe? A não ser que me façam sentido. Isso deixa-me descansada.

Se frustei expectativas? Claro, se elas existiram por parte de alguém... não que eu tivesse feito algo que tenha feito acreditar em algo mais do que faço por aqui.

Nunca fiz campanha por mim para nada. Nunca falei de qualquer candidatura publicamente. Leia os arquivos. Quando se iniciou uma espécie de campanha contra mim por politiquices que não vale a pena explorar, foi num momento em que até pensei em assumir uma candidatura (confesso!), mas em poucos dias recuei, pois não há espaço para isto na minha vida. Não tenho feitio para isso.

Acredite se quiser.

Agora, se considerarem útil que por aqui continue (ou noutro plano de colaboração como agora me disponibilizei para integrar a APSS), MAS comigo como SOU (com incoerências, defeitos, virtudes, parcialidades e imparcialidades, etc e tal), continuem a aparecer e a visitar-me. Eu continuerei por cá enquanto considerar útil e me der gozo. Confesso que ainda dá, embora este tipo de explicações constantes me desgastem. Nisto tenho sido coerente: digo sempre o mesmo! Vinyl riscado porque não sou cassete nem CD...

Anónimo disse...

Mais do que críticas e acusações muito pouco fundadas, deveriamos todos agradecer à Dr. Sónia pela luta que trava constantemente por uma profissão tantas vezes maltratada!
Uma professora que me marcou na minha vida académica e hoje na minha vida profissional, e uma Assistente Social como poucos!!

Mantenha-se por aqui sempre Dr. Sónia, e mantenha-se como é, porque acho que já são poucas as pessoas que se mostram na sua essencia, há cada vez mais "duas caras"!!

Anónimo disse...

CAROS COLEGA
Acreditem que gosto de discussão, é salutar que exista, pois nós Assistentes Sociais devemos também ser agentes da democracia. As nossas opiniões poderão divergir... Sou defensora de uma Ordem Profissional porque considero que na nossa intervenção não poderá divergir do 8 para o 80 (dependendo do técnico), por isso deverá existir um grupo de profissionais eleitos que terão como missão acautelar os objectivos básicos, a ética e deontologia do Serviço Social, em prol de todos e principalmente do nosso público alvo.
Avancemos não nos deviando demasiado do objectivo, e neste momento deverá ser no princípio da UNIDADE da profissão

S Guadalupe disse...

Eu adoro uma boa discussão também. Acreditem que lido bem com críticas (negativas/positivas). Quando estas me fazem sentido interiorizo e tento mudar... quando não fazem, só tenho de respeitar as opiniões dos outros. Ainda assim, quando aqui sou colocada em causa enquanto pessoa, não reconheço legitimidade a quem não me conhece bem para fazê-las. Acho que estou no direito.

Rita... agradeço as palavras. Seria hipócrita dizer que não gosto de lê-las. Faz qualquer um sentir-se bem... o segundo parágrafo emociona-me francamente! Obrigada pela amabilidade.

Ainda assim, sem falsas modéstias, acho que me fazem alguns elogios exagerados por vezes. Recebo alguns e-mails muito simpáticos. Muito simpáticos mesmo. Demasiado generosos! Fica pelo menos a boa sensação de que há gente com a generosidade de dizer coisas muito boas a quem nem conhece pessoalmente. E isso é muito bom porque talvez raro.

Anónimo disse...

Boa Noite!

Eis que depois de uma sessão na casa mãe da democracia, falou-se da carreira de Assitente Social em virtude de uma petição, abaixo-assinado,etc,sei lá; remetida à famosa camara em 2003! Realmente a democracia é algo um pouco insolito, mas enfim!(para reflectir, se não tiverem nada para fazer, claro).
Curiosamente no final os nosso representantes democráticos dizem:

"vocês são todos(as) muitos jeitosos(as), uma palamadinha na costas, mas ide à vossa vida e apareçam cá daqui a mais 5 ou 6 anos com um estudo na mão(caro como oh caraças) que aqui o pessoal do parlamento é fixe e aprova-vos isso! Mas não nós, que por essa altura já devemos estar todos a gozar as merecidas reformas, chorudas não! Democráticas, sim!

E veio o povo, todo contente e feliz da romaria, altamente moralizado e motivado com a carrada de elogios e com um só pensamento: "I´m a special one"! E os senhores de Parlamento como quem vira frango de churrasco, "próximo"!

Agora, sim porque nestas histórias melo-dramáticas, há sempre a cena do agora! Sei isto, de fonte segura porque já estudei Dramaturgia!Atenção!(é verdade)

A A.P.S.S está a enviar e-mails a muitas pessoas que "ontem" nem sequer eram reconhecidos como Assistentes Sociais de pleno direito e não viram as suas competências reconhecidas pela referida associação e hoje milagrosamente estão nas "newsletters" da associação!

A história é simples e podemos voltar aos senhores do frango, para dizer que várias pessoas, começaram a receber cartinhas para ir fazer "monte" para a assembleia da Republica e para ir ao jantar do Assistente Social, contribuir para o tal estudo, mas o mais incrivel é que as ditas pessoas, foram no passado inviabilizadas de increver-se sequer na Associação!!!ehhhhh

Welcome to Portugal, This country like same Marroco and Italy!

Outro ponto deste blog´é o deita abaixo a senhora moderadora, que até já teve que revelar a sua idade(35 anos) para tentar convencer a blogesfera "insistente" de que fala verdade, apoiada por comentários bonitos de ex-alunos que de forma comovente e feroz o fazem na defesa da docente que tantos os marcou! Refiro-me a Rita e a vários anónimos (sem ser aqueles do deita abaixo).

Mas qual foi a cena(não cena de cena, mas acontecimento) que originou isto tudo?

A luta pela associação?
Bem, como é que alguém pode chatear-se uns com os outros, por uma associação que já inicou a promover jantaradas e baildes dancantes?


Agora a sério esta Associação só vai para a frente com uma nova vaga! Novos dirigentes, nada de velha guarda! Esses já deviam ter largado a cadeira(s) há muito tempo!
Alterem-se os estatutos, criem um associação mais democrática.

Eu já tive o prazer de contactar com profissionais de altíssima competência no serviço social. E são esses na minha perespectiva que devem tomar a dianteira e apresentarem-se com ideias mais inovadoras e eleminarem com sustrice de casabre, que é o que a APSS se tornou!

Porque realmente é uma pena, e como as coisas estão neste momento, não sei qual será a capacidade agregadora desta associação!

Viva o UZEBEQUISTAN

S Guadalupe disse...

Deixe-se lá disso... e concentre-se no que realmente importa.

A APSS só envia e-mails aos contsctos que tem. Provavelmente essas pessoas terão recebido e-mails da moderadora deste blog, reencaminhando os apelos da APSS. é substancialmente distinto... Mas, enfim...

Até escreveria mais qualquer coisita, mas não gasto mais tempo consigo. Se tem alguma frustação, tente expiá-la num contexto mais proficuo para si.

catiav disse...

Prof. Sonia,

Nem sei como ainda se da ao trabalho de responder a esta "gentinha"!!
Sem duvida serao pessoas com muita inveja das suas capacidades...

S Guadalupe disse...

Catia... é por hábito. Admito que alguns apenas discordem de mim. Outros teimam em descredibilizar tudo e todos. É andar...

alfredo henríquez disse...

Difícil situaçao a dos activistas da profisssión. não falo dos funcionários. Geralmenmte mais visionários só vem os resultados futuro ou a médio prazo. São as almas generosas da classe que possuem estomago suficiente para engulir insultos, intrigas, calunias e nalgumos casos a devassa da sua vida privada.

Pouca gente compreende o activista e só o apoiam quando consegue mobilizar para psra conquistas "palpáveis "...dificilmente vem que o trabalho tem esta dimensão futura e que às vezes leva gerações ...

paciencia

Serviço Social é Movimento : Arte de Unir Forças "

Como o caminho esta no início, não devenos desistir e integrar novos activistas na causa do SS.

Continua Guadalupe, com relismo, sarcasmo e tolerância

alfredo henriquez