APELO
Comício-concerto a 3 de Junho
Várias personalidades da esquerda, encabeçadas pelo vice-presidente da AR e deputado socialista, subscrevem um texto de "apelo" ao "restauro das metas sociais".
Várias personalidades da esquerda, encabeçadas pelo vice-presidente da AR e deputado socialista, subscrevem um texto de "apelo" ao "restauro das metas sociais".
Simplesmente intitulado "Apelo", o texto que dá o mote ao comício denuncia "o muito que Portugal mudou" desde 1974 sendo que, no momento actual, "o ambiente não é propriamente de festa". O diagnóstico é negro: "Numa democracia moderna, os direitos políticos são inseparáveis dos direitos sociais. Se estes recuam, a democracia fica diminuída. O grande défice português é o défice social, um défice de confiança e de esperança". Os signatários exigem, por isso, à luz do "compromisso com o 25 de Abril", "que se restaurem as metas sociais consagradas na Constituição". Para tanto propõem: "É tempo de buscar os diálogos abertos e o sentido de responsabilidade democrática que têm de se impor contra o pensamento único, a injustiça e a desigualdade". Manuel Alegre é o primeiro subscritor do documento. Isabel Allegro Magalhães (professora universitária, membro do Graal, movimento fundado por Maria de Lurdes Pintassilgo) e José Soeiro (deputado do Bloco de Esquerda), seguem-se-lhe na lista, vasta, de várias personalidades independentes e da esquerda (do PS ao BE, passando pelo PCP e pela Renovação Comunista). Os três vão ser os oradores de um comício-concerto (que conta com actuações dos Rádio Macau e dos Terracota, entre outros) marcado para dia 3 de Junho, no Teatro da Trindade, em Lisboa. Em declarações ao Expresso, Manuel Alegre comentou o sentido de oportunidade da iniciativa, apesar de garantir que a sua marcação para esta data se deveu a um conjunto de circunstâncias várias que vêm adiando a sua realização desde Abril - data em que estava inicialmente previsto realizar-se. "Não é comício contra ninguém", assegurou o deputado socialista, embora reconhecendo que o momento de crise lhe confere particular actualidade: "Infelizmente, não podemos dissolver a realidade", disse.
Fonte: Expresso Online, Esquerda.net
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