na plateia
Recebi há uns dias um e-mail com uma mensagem de um colega indignado com o facto de não ver representada a classe profissional nos Encontros Regionais do RSI.
Do painel de palestrantes do II Encontro fazem parte psicólogos e uma sociológa, entre outros respresentantes institucionais. Nenhum assistente social. Veja-se aqui a descrição do I Encontro, onde acontece o mesmo. Curioso, não?
Se simplesmente tivermos em conta a Nova Estratégia para a Inserção Social e Profissional para os Beneficiários do RSI – Estratégia para a Inclusão Activa (68,3k) (apresentada no II encontro a 27/03/2007) poderemos questionarmo-nos sobre quem são os profissionais mais indicados para trabalhar e para (também) investigar e discutir estas questões... sem desprimor para a multidisciplinaridade, obviamente.
Será que não há nenhum assistente social que investigue nesta área, que não tenha feito o seu mestrado ou mesmo doutoramento nesta área? Será que não há assistentes sociais a trabalhar nesta área e a reflectir sobre a sua acção? Será??? Todos sabemos a resposta a estas questões, mas onde estão eles nestes momentos de partilha e discussão?
5 comentários:
concordo perfeitamente com as colegas. mas será no entanto importante salientar que estava presente o Dr. Edmundo Martinho que é Assistente Social, estando identificado como presidente da CNRSI.
Não estando representado como assistente social, a sua comunicação não vai nesse sentido, mas sim como representante institucional. Não entra nestas "contas", digamos assim...
Venho aproveitar este espaço e esta discussão para me apresentar como Assistente Social que exerce funções num Protocolo de RSI e que tem iniciada a sua tese de mestrado acerca das politicas de activação (como o RSI) e a intervenção do Serviço Social nesta medida.
A vontade de reflectir e trabalhar anda por ai, faltam é estratégias e oportunidades para a fomentar fora das faculdades...
Márcia Amorim
é a eterna questão da visibilidade...
E será que parte da questão da visibilidade não se encontra enviezada pelas influências políticas e politiqueiras de alguns sectores? Isto é, como é que surgem determinados comentadores "caídos de pára-quedas" nos media? E não me estou a referir aos comentadores políticos, mas sim àqueles que aparecem como especialistas em determinada área. Penso que o Serviço Social, felizmente ou infelizmente, não possui figuras que façam lobby nos bastidores da política. Por outro lado, há a questão das universidades/faculdades que têm leccionado Serviço Social ao longo dos anos. Até há pouco tempo, as escolas resumiam-se a meia dúzia e eram de dimensão pequena. A falta de ensino do Serviço Social agregado a uma universidade de referência, diminuiu a posição estratégica do Serviço Social na comunidade científica e logo nos media. Só assim se pode explicar a não atenção dada aos assistentes sociais enquanto potenciais comentadores especializadas em determinadas áreas. Nunca faltaram estudos, obras literárias, artigos, revistas, etc. Os jornalistas quando preparam uma reportagem ou um debate, procuram nos meios clássicos. Se nos meios clássicos não encontram o Serviço Social, não se dão ao trabalho de efectuar uma pesquisa mais aprofundada que os leve aos locais onde existe o Serviço Social. É verdade que actualmente a situação modificou-se um pouco e já encontramos o Serviço Social a ser leccionado em universidades/institutos de maior dimensão. O passo seguinte, passa pelos núcleos científicos dessas universidades, aproveitarem os meios de que dispõem para se aproximarem dos media, divulgando os estudos que efectuam. Este é um trabalho que está nas mãos dos docentes desses núcleos, os quais deveriam estar sensibilizados para essa estratégia. Nesta matéria, a APSS deveria aproximar-se desses docentes, revitalizando a RNESS, procurando informar-se acerca da actividade dos mesmos e ajudando à divulgação dos resultados dessa actividade. Outra sugestão: ajudar a divulgar junto dos media as conferências, debates, encontros que vão sendo promovidos pelo Serviço Social nas mais variadas áreas, sobretudo quando dedicados a temas da actualidade.
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