5.1.09

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2 comentários:

Duarte disse...

Trago de novo o tema da visibilidade do Serviço Social nos media. Recentemente vi serem objecto de reportagens e outros programas televisivos temas como o abandono de idosos nos hospitais, os sem-abrigo (devido à recente "vaga de frio")e o impacto social da crise económica. Por incrível que pareça (ou já não pareça) em nenhum momento surgiu um assistente social a ser entrevistado. No caso do abandono dos idosos nos hospitais, vários foram os hospitais visitados por diversas televisões. Nenhuma delas questionou o Serviço Social respectivo. No caso dos sem-abrigo e a "vaga de frio", numa reportagem realizada em Faro, acompanharam uma psicóloga clínica(!) do serviço de acção social da câmara, a qual intervia da seguinte maneira: visitava um sem-abrigo para lhe oferecer senhas de almoço; visitava outro para lhe entregar um saco de géneros alimentares e marcar uma refeição numa instituição. Psicologia clínica?... No tema do impacto social da crise económica, quase todos os dias se fazem reportagens e até à data ainda não vi ser entrevistado um único assistente social. A sensação que me dá é que os media quando se dirigem aos serviços/instituições, procuram toda a gente desde que não seja assistente social. Sinceramente, não entendo. É estranho, tão estranho quanto se falar de doenças sem entrevistar um médico ou falar da justiça sem advogados ou juízes, ou educação sem professores, etc.. Mais estranho é ainda quando nos casos em que algo não corre bem, aí não se esquecerem do vilão do assistente social. Qualquer dia também vou começar a fazer psicologia ou enfermagem, ou a dar consultas de advocacia...

S Guadalupe disse...

pois, bem sei...
uma menina sem-abrigo referiu-se "à minha assistente social", expressão que registei com curiosidade...

Tomei recentemente a iniciativa de propor a organização de workshops temáticos dirigidos a jornalistas. É hábito os jornalistas fazerem estas formações nas suas organizações, funcionando para desmistificar algumas situações e para fazer algum lobbing, pelo que uma jornalista disse. No entanto, ainda não houve oportunidade de avançar, pois há outros assuntos que merecem prioridade, apesar do reconhecimento dessa urgência... poucos braços para muitas tarefas!