27.1.09

Socorro!!!!!

Estou a (tentar) rever um texto aceite para publicação numa revista brasileira, de acordo com o acordo (redundância interessante, ou será redundancia?) ortográfico...

objeto
objetivo
ação
proteção
direto
respetiva
efetivo

e ainda só vou nas supressões dos c mudos...
ainda não avancei na acentuação...
e há dúvidas básicas: quando é uma citação literal, devemos alterar as palavras??!!
estou feita... nem imaginam as dúvidas que isto causa... esta tarefa vai levar dias a fio...
Socorrooooooo...

5 comentários:

Duarte disse...

Sou contra ESTE acordo ortográfico. E causa-me alguma impressão a submissão ao paradigma economicista sob o qual alguns portugueses, a começar nas nossas autoridades, consideram inevitável que o português do Brasil se torne o modelo standart. Nem tudo tem (nem deve) resumir-se a imperativos económicos. As componentes histórica, cultural e social devem ser as primeiras a ter em conta. O português de Portugal tem um lugar e uma razão de ser e perante este acordo faz-se tábua rasa a essa identidade, só porque do outro lado do Atlântico existe um país 100 ou 200 vezes maior que por ser maior e mais populoso e por pertencer a uma das potencias económicas do futuro, obriga a que deste lado nos tenhamos que sujeitar. É o velho complexo de inferioridade lusitano. Sim, porque as cedências que deste lado teremos de fazer são incomparavelmente superiores às dos nossos irmãos brasileiros. É uma pena não termos uma república que defenda afincadamente alguns valores patrióticos como são a nossa língua, principal património nacional.

Helena Magalhães disse...

Eu NUNCA vou começar a falar/escrever com o português do Brasil e concordo plenamente com o Duarte.
Quanto a essa revisão só te digo uma coisa: BOA SORTE ;P áááágora voce vai ter qui pensá i falá assiii!! :p

prafrente disse...

Não conheço em profundidade o novo acordo e até admito que contenha alguns "exageros" mas concordo com a sua implementação.Muitas das nossas animosidades contra o que é novo deve-se ao facto de sentirmos ameaçada a segurança das nossas rotinas.
Imagino que terá sido muito contestado o ministro que, no tempo da monarquia, ordenou que se escrevesse "Farmácia" em vez de "PHarmácia".Certamente alguns escritores dessa época terão clamado "Eu vou continuar a escrever como aprendi na escola".A línga não é estática...

Esta é a minha opinião...mas respeito a dos outros.

S Guadalupe disse...

Apesar de me ter feito uma enorme confusão, muita, aliás... lá empreendi a minha tarefa. Li o artigo e percebi que acabava por ser intuitivo. Não traz alterações assim tão drásticas, afinal. E até me pareceu que trazia mais alterações para os brasileiros, nomeadamente na acentuação e nos hífens (pois nalguns casos, no meio académico, já não se usavam alguns hífens). Para nós caiem as letras mudas. Fica estranho (no grafismo), mas entranha-se mais tarde ou mais cedo...

Depois admite-se a dupla regra nalguns casos...

Geralmente não sou favorável a mudanças deste teor por decreto...

Compreendo, no entanto, que uma publicação no Brasil peça a uma autora portuguesa que se sujeite ao dito acordo... não tenho é a certeza de ter conseguido cumprir bem a tarefa, já que as regras me são pouco familiares... Lá foi...

S Guadalupe disse...

li o "acordo" e não o "artigo"