Solidariedade Social, Um sector muito pouco solidário
«Neste sector abrangido pelo Sindicato [dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social], existem cerca de 70 mil trabalhadores, a maior parte dos quais exercem a sua actividade em Misericórdias, Mutualidades e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Os trabalhadores sentem-se mal pagos e mal tratados. Vive-se um período conturbado, havendo com frequência casos em que as categorias profissionais não são reconhecidas, sendo os trabalhadores mais qualificados forçados a exercerem uma multiplicidade de funções que vão de educadores sociais a auxiliares. Argumentando a exiguidade dos subsídios atribuídos pelo Estado, algumas instituições retardam a negociação colectiva, havendo uma certa dificuldade dos responsáveis destas instituições em lidar com o Sindicato. Presentemente, decorrem negociações para a revisão da regulamentação colectiva no sector, tendo a União das Misericórdias Portuguesas, proposto um novo regime de organização e tempo de trabalho que, a ser aceite, iria implicar um aumento da carga horária…»
Fonte: Solidário
2 comentários:
Os trabalhadores deste sector e em particular os técnicos, deveriam unir-se e recorrer a uma grande greve e manifestação.
O problema deste sector (e de outros, nomeadamente na esfera privada e do "sector solidário" ou terceiro sector) é tão grave ou tão pouco que a liberdade de manifestação e o direito de greve não é uma via.
Sinto que estamos numa ditadura dos pequenos poderes, como lhe costumo chamar. Se em ditadura não tínhamos liberdade de expressão, em democracia sentimos não temos liberdade de manifestação nalgumas áreas: temos sempre a ameaça do desemprego. Hoje esta é a ameaça permanente em cima das nossas cabeças. E é real!
Devería a sociedade reflectir seriamente sobre os mecanismos que deixou construir para que esta "ditadura" resulte tão bem!
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