20.7.12

Assistentes Sociais espanhóis manifestam-se em Málaga



http://www.trabajosocialmalaga.org/html/NOTICIAS_colegio.php?id=914

11 comentários:

Duarte disse...

Desejo à lista vencedora das eleições para a APSS os maiores sucessos, mas infelizmente ficou uma vez mais expresso que esses eventuais sucessos que beneficiarão muitos, far-se-ão às custas de muito poucos. 118 votos... Quantos sócios tem a APSS?

noiseformind disse...

Eu não percebo muito do assunto... mas não foi em Portugal que apareceu uma escola privada com montes de malta a tirar Serviço Social e depois tipo... ficou muita malta no desemprego? Just wandering...

Duarte disse...

Não sei bem a que se refere. Até há alguns anos (menos de 10) a taxa de desemprego entre licenciados em Serviço Social era muito baixa, situação que aliás sempre se havia verificado desde o aparecimento do curso nas primeiras décadas do século XX. Actualmente, infelizmente as coisas já não estão tão risonhas, e a explicação está no aumento exponencial de cursos. Em 2000 eram apenas 7, no ano lectivo 2005/2006 esse número duplicou, e no ano seguinte o número de licenciaturas chegou quase às 20. De referir que a maioria destes novos cursos abriram em universidades estatais. Por outro lado, têm surgidos inúmeros cursos sucedâneos e a juntar a esses há também o facto de terem aumentado de forma excessiva o número de licenciados em áreas como psicologia e sociologia, já que muitos destes licenciados foram sendo recrutados para lugares que supostamente seriam para assistentes sociais (sobretudo em autarquias e IPSS). A juntar a tudo isto, deu-se a crise, o que tem retraído a contratação pública, como se sabe, e não obstante o facto, de o número de lugares para assistente social ter aumentado de forma significativa nos últimos 15 anos.

Pedro Lopes disse...

Prezados colegas. Deixo aqui uma espécie de desabafo estival. Um pouco menos do que um apelo a um "grito de revolta" da nossa classe."Boa noite car@s colegas.
chamo-me Pedro Lopes e tirei a minha licenciatura em Serviço Social no extinto ISSS de Lisboa. Trabalho e sou natural dos açores, e, seguramente à semelhança dos colegas do continente, temos "apanhado" com a crise em duplo sentido; quer no plano pessoal, quer sobretudo no campo profissional.A nossa classe necessita URGENTEMENTE de se afirmar como o garante do bem-estar social, do equilíbrio na (re)distribuição dos cada vez mais escassos recursos e meios. Temos de ser o motor das respostas sociais, temos de ser simultaneamente executor e proponente de medidas de política social, interventores de primeira linha, mas também de retaguarda, por exemplo na supervisão de projetos de âmbito social e/ou psicosocial. É, infelizmente, nesta altura de crise económica e social, que se abrem portas a uma afirmação da nossa classe aos olhos da sociedade e dos decisores políticos. A Ordem só poderá vir depois. Antes, temos de fazer como outras classes profissionais, e chamar a comunicação social para afirmarmos a nossa posição relativamente aos mais diversos assuntos, aos mais diversos atentados à dignidade social que estas políticas ora implementadas estão a provocar. Só com visibilidade e reconhecimento social, poderemos facilmente conquistar o apoio necessário na AR para fazer passar a proposta que visa a passagem de Associação a Ordem. Bem, serve esta pequena introdução para justificar o propósito desta minha mensagem, de carácter privado, que vos endereço. Escrevo para este espaço da APSS por ser, de facto, o mais fácil. Desconheço quem gere este espaço, mas seguramente será alguém capaz de transmitir à Direção da APSS as sugestões que enunciarei abaixo, bem como as considerações com que iniciei esta mensagem.Sugiro que a APSS tome uma posição sobre a nova Lei do RSI, a n.º 133/2012, na medida em que atira, sem dó nem piedade, muitos agregados familiares para a miséria. E escrevo miséria, porque na pobreza já muitos viviam, contudo, com os cortes brutais que esta lei introduziu, uma família depois de pagar as despesas fixas mensais, tais como água, luz e gás, pouco lhe restará para a alimentação e outras necessidades quotidianas.

Pedro Lopes disse...

(deve de ser desdobrado, este meu comentário.)A meu ver, a APSS deveria chamar a CS e, com exemplos demonstrativos, explicar a dimensão dos cortes, e explicar as alterações que a lei trouxe consigo, tal como o trabalho socialmente útil, o fim dos NLI e da CN, enfim, tomar uma posição e explicar ao PAÍS, A TODOS OS CIDADÃOS, o que este governo anda a fazer. E ATENÇÃO, NÃO ME MOVE QUALQUER INTERESSE OU FILIAÇÃO PARTIDÁRIA OU DE OUTRA ORDEM, FALO PURA E SIMPLESMENTE COMO UM PROFISSIONAL INDIGNADO, MAS SEM "PODER DE VOZ", E QUE SE DEPARA DIA A DIA COM O DESESPERO DAS FAMÍLIAS QUE, EM MUITOS CASOS, DEIXOU DE CONTAR COM AQUELA PRESTAÇÃO SOCIAL. Temos de desmistificar a ideia de que uma pessoa, só por ser beneficiária desta prestação social, é um “mandrião”, um “acomodado preguiçoso”, enfim, quebrar o estigma com exemplos concretos. Até porque com a ddimunuição do tempo do subsídio de desemprego, haverá muitos casos de famílias da classe média a necessitar de recorrer ao RSI por ser a última resposta para a situação de desemprego (ausência de rendimentos) no agregado. Alertar para o novo perfil do utente que procura, pela primeira vez, apoio, auxílio da mais variada ordem junto da segurança social, de uma IPSS, de uma Misericórdia, de uma qualquer organização ou associação de cariz social e humanitário.
Outro assunto em que a APSS devia tomar uma posição pública de indignação, é o caso da tão propalada "LISTA DE DEVEDORES PÚBLICA" (no caso dos incumpridores no pagamento do gás e eletricidade). É vergonhoso que o governo de um país, queira expor publicamente cidadãos pelos quais deve zelar, apontando o dedo e dizendo perante todos "és um caloteiro". Esta lista é um atentado aos mais desfavorecidos, àqueles que, por manifesta falta de condições económicas, se sujeitam a viver sem gás canalizado e sem eletricidade. Qual a finalidade e vantagem que o Estado retira em expor publicamente cidadãos que (sobre)vivem sem recurso a estas duas fontes de energia? Envergonhá-los? Porquê? Para quê? Pura estupidez com tiques pidescos.
Creio que merece denúncia pública estas duas situações, em especial pela nossa classe, que deve, tb ela, zelar pelos mais fracos, por aqueles que não têm voz pública, mas que nos confidenciam, diariamente, os seus problemas, as suas angústias, olhando para nós, muitas vezes, como o último recurso, a derradeira resposta para a resolução dos seus problemas, das suas angústias, e quantas vezes, dos seus segredos.
Este é o MOMENTO DA NOSSA AFIRMAÇÃO. TEMOS DE SAIR DA SOMBRA, ENCONTRAR UM BOM COMUNICADOR DENTRO DA APSS, QUE INICIE CONTACTOS COM OS OCS PARA, DE TEMPOS EM TEMPOS, QUANDO SE JUSTIFICAR, CHAMAR A CS E DENUNCIAR, SUGERIR, EXPLICAR, CHAMAR A ATENÇÃO, ENFIM.......
DOU POR TERMINADA ESTE MEU APELO Á DIREÇÃO DA APSS-COM OS MAIS SNCEROS CUMPRIMENTOS
NOTA: ESTA É, SEGURAMENTE, TAMBÉM UMA FORMA DE APROXIMAR OS PROFISSIONAIS DA SUA ASSOCIAÇÃO, E FAZER COM QUE TENHAMOS, TODOS, CADA VEZ MAIS ORGULHO NA PROFISSÃO QUE ESCOLHEMOS.".....talvez por isso eu dê razão ao Duarte quando lamenta os 118 votos.....
CARA GUADALUPE, ENQUANTO COLEGA EMMPENHADA NA PROMOÇÃO E DEFESA DA NOSSA CLASSE, TOMEI A LIBERDADE DE DEIXAR AQUI UM APELO/DESAFIO AOS NOSSOS MAIS ALTOS REPRESENTANTES.

O MEU OBRIGADO....E FORÇA, CONTE COMIGO.

S Guadalupe disse...

Caro Pedro,
este espaço é da minha inteira responsabilidade, não tendo ligação à APSS. Eu é que tenho, sim, sou a actual vice-presidente. Nesse sentido, e atendendo ao seu pedido, reencaminhei o seu texto para a APSS. Para a próxima use o e-mail apss_dn@yahoo.com. Tenho a dizer-lhe que, pessoalmente, concordo inteiramente consigo. Nem sempre tenho tido a energia para manter o blog como gostaria. Tenho, eu própria, andado a sentir a opressão dos tempos. Mas a pouca energia que tenho tem de gasta no que acredito. E quero pensar que algo terá de mudar. Bem haja. Sónia Guadalupe

Pedro Lopes disse...

Cara Guadalupe, eu conheço este seu espaço há já alguns anos. Aliás, o seu blog é uma referência entre a nossa classe.

O facto de ter aqui postado um comentário que já havia deixado na página da APSS no FaceBook, foi exatamente por saber que aqui teria mais eco e chegaria mais fácilmente ao destinatário; a Direeção da APSS.

Aliás, o facto de ser vice presidente da APSS e desconhecer este meu apelo (ou seja, a pessoa que gere a página da APSS no FB disse-me que transmitiria à Direção da APSS e você, enquanto vice presidente desconhecia o seu teor), só dá razão à minha decisão de aqui o postar também.

Obrigado pela atenção, e folgo em saber que partilha das minhas - aliás, de muitos de nós -, preocupações. Espero que a APSS dê voz à nossa classe e saia em defenda dos nossos cidadãos mais vulneráveis.

Cumps.

S Guadalupe disse...

Pedro, também tenho sido eu. Eu já havia lido, sim, e já havia enviado. A nossa reunião será em breve. Esteja sempre atento e vá comunicando.
Obrigada

Duarte disse...

Olá Pedro Lopes, fico sempre contente quando vejo um colega tomar posição perante os problemas sociais com que nos debatemos, e também perante os problemas da profissão. A maioria (se não mesmo a totalidade) do que reivindica, também eu já reivindiquei desde há vários anos e junto da própria APSS, para além de também ser um frequentador deste magnífico blog da Sónia Guadalupe, tal como a própria poderá testemunhar. Por exemplo, a questão da comunicação com a comunicação social (passo a redundância) é algo que sempre defendi, mas que tarda a acontecer. Infelizmente, tem havido medo por parte da classe da associação em tomar posições públicas e em fazer essa advocacia social de modo mais amplo, o que não deixa de ser irónico. Junte-se a todas as questões que apontou, outras como a usurpação das nossas funções e até da nossa identidade profissional, o que configura um crime público. Junte-se a total desregulação da profissão e a anarquia que hoje reina na formação em Serviço Social e temos mais alguns motivos para que se tomassem posições firmes. Não deixa também de ser sintomático que o processo da ordem só tenha sido "ressuscitado" graças à iniciativa pessoal e carolice da Sónia. Para terminar recordo que nem sindicato temos e que existe um total desinteresse pela generalidade dos colegas nos assuntos da profissão, embora muitos critiquem e falem mal, mas sem saberem muito bem do quê e porquê... O que dizem é que "aqueles não fazem, não acontecem, bla bla", sem mexerem uma palha que seja para contribuir de forma construtiva.

Pedro Lopes disse...

Caro Duarte, também eu posso testemunhar o seu interesse pelos assuntos que aqui se debatem...eu sim, tenho andado mais ausente, fruto dos compromissos parentais. temos de dar o exemplo. ;-)
Considero que está coberto de razão nas afimações que faz. Também partilho todas essas suas preocupações. E, lá está, a inércia de quem tem mandato para nos dar voz, e fazer a defesa da profissão, tem pecado por deixar passar muita coisa em branco. Isso, caro colega, afasta naturalmente as pessoas dos seus representantes e da votação, como bem disse. Por exemplo, a questão que refere da "total desregulação da profissão e a anarquia que hoje reina na formação em Serviço Social", não sei se já não vamos tarde... Mas, eu, você e muitos de nós, estamos prontos para contribuir para a solução e não para o problema. Por isso, precisamos que a APSS tenha um plano, um projeto, uma linha de pensamento objetiva e conhecida públicamente para que possámos fazer a nossa parte.
Ficamos, pois, a aguardar pela reunião da direção da APSS, para que a Sónia ou alguém em nome da associação, nos dê feed-back destas nossas preocupações.

Abraço

Anónimo disse...

http://servicussocialis.blogspot.pt/