Os assistentes sociais recebem cada vez mais pedidos de ajuda em serviços como hospitais e universidades, alertou a associação que representa aqueles profissionais, temendo que o reforço de verbas para a acção social seja insuficiente, avança a agência Lusa.
O Governo apresentou segunda-feira a sua proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano, que prevê um reforço de 17 milhões de euros para a acção social, que assim passará a ter 1.687,49 milhões de euros disponíveis.
No entanto, a presidente da Associação dos Profissionais de Serviço Social, Fernanda Rodrigues, alertou esta terça-feira para o facto de esse aumento poder não ser suficiente, tendo em conta a situação actual.
"Os assistentes sociais que estão na linha da frente estão sobrecarregados. Assistem diariamente a inúmeros casos de quem está a passar por muito sofrimento. As informações que nos chegam de todo o país chamam a atenção para uma realidade que parecia impensável há tão pouco tempo”, lembrou.
Para a presidente, só se conseguirá perceber se o orçamento para a acção social será suficiente quando se conhecer o universo de pessoas abrangido pelos serviços.
“Espero que não estejamos perante um orçamento maior que depois será dividido por um número infinitamente maior de pessoas. É preciso saber qual a proporcionalidade entre o aumento de recursos e as carências”, salientou Fernanda Rodrigues, lembrando as previsões que apontam para um agravamento da crise económica e o aumento do desemprego.
Nas Universidades, os serviços de acção social são diariamente visitados por estudantes em dificuldades. Nos hospitais, o trabalho dos assistentes sociais também parece não ter fim: “Nos serviços de saúde, (os técnicos) estão preocupados com os inúmeros casos de pessoas que não conseguem garantir transporte ou comprar medicamentos. Os assistentes sociais reportam situações gravosas daquilo que parecia não ter rosto, que são os números da pobreza, mas que nestes serviços têm. É um problema generalizado”.
A situação também é preocupante em muitas instituições sociais que “estão a ficar empobrecidas e sem capacidade para dar resposta”: “Todas as instituições que têm porta aberta, e a mantêm, reportam situações de grande gravidade”, garantiu.
Fernanda Rodrigues alertou ainda que “o preço das não políticas sociais é muito mais elevado do que o preço das políticas sociais” e questionou-se como conseguem sobreviver as "cerca de 300 mil pessoas que têm rendimento zero”.
Assistentes sociais com cada vez mais pedidos de ajuda
Hoje
Os assistentes sociais recebem cada vez mais pedidos de ajuda em serviços como hospitais e universidades, alertou a associação que representa aqueles profissionais, temendo que o reforço de verbas para a ação social seja insuficiente.
O Governo apresentou segunda-feira a sua proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano, que prevê um reforço de 17 milhões de euros para a ação social, que assim passará a ter 1.687,49 milhões de euros disponíveis.
No entanto, a presidente da Associação dos Profissionais de Serviço Social, Fernanda Rodrigues, alertou hoje para o facto de esse aumento poder não ser suficiente, tendo em conta a situação atual.
"Os assistentes sociais que estão na linha da frente estão sobrecarregados. Assistem diariamente a inúmeros casos de quem está a passar por muito sofrimento. As informações que nos chegam de todo o país chamam a atenção para uma realidade que parecia impensável há tão pouco tempo", lembrou.
Para a presidente, só se conseguirá perceber se o orçamento para a ação social será suficiente quando se conhecer o universo de pessoas abrangido pelos serviços.
"Espero que não estejamos perante um orçamento maior que depois será dividido por um número infinitamente maior de pessoas. É preciso saber qual a proporcionalidade entre o aumento de recursos e as carências", salientou Fernanda Rodrigues, lembrando as previsões que apontam para um agravamento da crise económica e o aumento do desemprego.
Nas Universidades, os serviços de ação social são diariamente visitados por estudantes em dificuldades. Nos hospitais, o trabalho dos assistentes sociais também parece não ter fim: "Nos serviços de saúde, (os técnicos) estão preocupados com os inumeros casos de pessoas que não conseguem garantir transporte ou comprar medicamentos. Os assistentes sociais reportam situações gravosas daquilo que parecia não ter rosto, que são os números da pobreza, mas que nestes serviços têm. É um problema generalizado".
A situação também é preocupante em muitas instituições sociais que "estão a ficar empobrecidas e sem capacidade para dar resposta": "Todas as instituições que têm porta aberta, e a mantêm, reportam situações de grande gravidade", garantiu.
Fernanda Rodrigues alertou ainda que "o preço das não políticas sociais é muito mais elevado do que o preço das políticas sociais" e questionou-se como conseguem sobreviver as "cerca de 300 mil pessoas que têm rendimento zero".