bem sei que criticar é fácil, mas também é necessário!
O Sindicato dos Técnicos de Serviço Social mudou, felizmente, de designação. Em Novembro de 2004 passou a identificar-se como Sindicato Nacional dos Profissionais de Serviço Social e alterou os seus estatutos. Digo felizmente porque não reconheço a expressão "técnicos de serviço social" como legítima ou como passível de identificar dignamente a profissão, que não é meramente técnico-operativa. Costumo perguntar aos meus alunos se conhecem os "técnicos de medicina" ou os "técnicos de...", enfim...
Mas há coisas que não mudam e prejudicam de forma irreparável a imagem de qualquer profissão que se preze. Há muito pouco tempo tive acesso a um folheto deste sindicato que se dirigia a recém-licenciados no sentido de divulgar as suas actividades e de captar membros. Este folheto está tão longe de uma imagem moderna e digna como estará uma barraca perto da casa da música. É uma imagem degradante a que passa. Quem consegue estar atento aos conteúdos, quando tem um folheto daqueles em mãos? O logotipo, os títulos decalcados com letras desenhadas por réguas, uma organização atípica e confusa, uma linguagem do século passado. Perdoem a franqueza, mas assim não vão lá!
Uma aluna mostrou-mo e fiquei envergonhada. Por momentos decidi divulgá-lo num post mas nem tive coragem de alimentar uma imagem em que não me revejo. Faço este alerta agora, porque não consegui afastar a imagem negativa da mente. Bem sei que não é fácil fazer algo em nome de outrém. Eu própria já passei por uma experiência de liderança em associativismo e não é nada fácil! Mas comecem por algum lado. Mobilizem redes de pessoas que possam colaborar nem que seja pontualmente e sem compromissos que não podem assumir. Sinceramente, desde já me ofereço para fazer um desdobrável, outros haverá que não se importarão de ajudar a construir um site. Coisas dos nossos tempos e no nosso tempo!
Um dos nossos participantes habituais defende uma fusão entre as várias organizações da profissão assumindo-o com optimismo. Mas parece faltar tanta coisa, antes disso!
Façam algo por nós e não contra nós! Peço-vos!
11 comentários:
Colega Guadalupe, vejo que não tocou no ponto mais grave desse folheto... Não sei se reparou, mas quando surge no folheto a páginas tantas, o público alvo do sindicato, surgem assistentes sociais e, pasme-se, "profissões similares" !!! Quer dizer, estas cabecinhas inteligentes que dirigem o sindicato, consideram que todos podem ser assistentes sociais. Deve querer englobar sociólogos, técnicos de intervenção comunitária, educadores sociais, psicólogos, e sabe-se lá quem mais. É uma vergonha e neste sindicato nunca me irei rever.
confesso que nem vi em pormenor, pois perturbou-me ao primeiro impacto e cegou-me a leitura...
também é assinalável a apatia e falta de ... (tudo!!!) de um tempo de antena que apanhei num dos finais de ano civil...
Devo ser a quem se refere "um dos nossos participantes habituais", que por acaso anda ausente, por imenso trabalho. Mas, pegando na questão, eu estou no global de acordo no que concerne ao carácter ancestral do Sindicato, razão que me levou a afastar do mesmo, fiz parte dos corpos sociais, na verdade só uma mudança profunda é que alterará alguma vez este Sindicato, não é nenhuma novidade.
No entanto, a Unidade na diversidade que refiro, não fica beliscada por isto, ela pode ser iniciada por quem tenha espirito e pernas para correr neste momento de encontro aos tempos e necessidades de resposta actuais. Seria uma Federação em construção, com o tempo poderíamos alterar e congregar outras entidades incluisve potenciar um outro tipo de sindicalismo, mais actual, aberto, que percepcione os reais problemas. Não é o optimismo que me move mas sempre a vontade de mudar de concretizar algo diferente. Ás vezes temos de recuar, parar, mas é apenas para ganhar tempo.
Apesar de tudo nestes blogs, poucos ou muitos algo vais se movendo, porque não aproveitar para alargar esta consciência de mudança e alteração do estado de coisas? Hem...
Era mesmo ao jpsilva que me referia. E porque não? Assim já perecebemos que o caminho a percorrer é longo e tortuoso.
Não conheço a estrutura sindical, Mas esta crítica foi muito sentida. Há uma falta de esforço e esmero incrível na imagem que se passa para o exterior. Para além da gravidade do facto para o qual ajpd alertou.
Eu percebo que a critica seja sentida, realmente, este sindicato depende apenas quase de uma pessoa, que por muita simpatia, está ultrapassada na visão sobre as questões, ferindo as nossas convicções e posições sobre a centralidade do Serviço Social.
O caminho é longo e tortuoso, mas é preciso começar, falta esse passso...não digo agora, porque vou de férias e estou muito cansado! (um pouco de humor), mas enfim saberão que estou disponível para projectos sérios.
Quando tive conhecimento do Sindicato Nacional dos Profissionais de Serviço Social fiquei surpreendida… isto porque sou Assistente Social desde 2004 e desconhecia por completo a sua existência… ainda assim e para ter a certeza que não ando num mundo à parte questionei colegas da área e qual é o meu espanto que ninguém tem conhecimento de tal Sindicato…
É preocupante, não só pela falta de organização que deixam transparecer no folheto aqui referido, como a falta de empenho em fazer chegar tal folheto aos profissionais de Serviço Social para que possa haver um empenho conjunto de todos e um espaço aberto a novas ideias. É imperdoável (por muito básico que fosse) não terem construído um site que permitisse o fácil acesso a todos os interessados… Mais uma vez onde está a união dos Assistentes Sociais para dignificar a profissão? Mas como duplicar serviços é normal do bom português porque não nos juntamos e criamos o Sindicato 2… de certeza teríamos mais sucesso… fica aqui o desafio, pelo menos em imagem e ideias originais estávamos garantido, não é S Guadalupe?
Só mais um pedido... é possivel ter acesso aos contactos do Sindicato Fantasma? Não vá eu precisar...
Sinceramente (indicato)
Não (acional)
Pode (rofissional)
Ser (Serviço Social)
Eu Partilho da Ideia de JP Silva no sentido de que devemos recriar as organizações da categoria de Assistentes Sociais.
A ideia de Construir uma Federação das organizações de Assistentes Sociais requer a maior atenção futura e o maior gesto de sensatez e generosidade dos profissionais
a.- O legado do 1º Congresso de Assistntes Sociais deve ser reforçado com uma convocatória para um 2º Congresso.
b.- Convocar as organizações da classe a nivel dos varios sindicatos.
c.- convocar os assistentes sociais pelas organizações sectorias e contribir para criar outras.
d.- convocar os A.S. pelas suas tendencias de opinião e constituir outras a partrir de centros de interesse : ecologistas, direitos humanos, multiculturalismo..... radicais, enfim...
e.- organizações de docentes e dos estudantes.
f.- os investigadores e as suas associações....
Penso que é a unica forma de enfrentar o futuro....
As organizações que existem não estão a responder às solicitações e os assistentes sociais necessitam construir e o seu projecto ético polícito
Esta ideia partilhamos com o JP Silva
Sabemos que temos razão......
Para quem tem a memoria curta relembro o que escrevi em tempos anteriores.....neste blogue a propósito....
"Um amigo e colega,o Prof. José Paulo Netto costumava dizer que " ...nenhuma profissão tinha, logo de saída, garantido o seu espaço e destino histórico..."
Esta frase sempre me acompanhou nas reflexões,especialmente nos momentos da euforia do mercado educativo. Nalgum nalgum sitio terei escrito eu próprio de que devemos fazer uma leitura da relação da profissão com a Questão Social e a sua nova configuração. Quanto mais que o próprio espaço politico europeu, de futuro poderá vir a determinar todas as questões nacionais dos estados membros.
A Ausência latente de um Projecto-ético Politico dos Profisionais de Serviço Social em Portugal, pode explicar em parte a fragilidade com a qual enfrentamos algumas situações.
Dai é que deveriamos começar a preparar o Segundo Congresso de Serviço Social, para consolidar e establecer algumas plataformas comuns dos assistentes sociais e proporcionar às instituições da classe a força necessária para as concretizar.
A Construção colectiva de um Projecto ético-político futuro deverá proporcionar uma redefinição da nossa soberania profissional, os seus objectivos e as suas metas, as suas alianças, os seus sonhos. Mas sobretudo deve proporcionar-nos as bases para um compromisso real e concreto com a defesa dos direitos humanos e dos mais excluídos, pela qualidade e Competência Profissional y que seja traduzida em benefícios concretos para os nossos clientes, cidadãos de direito.
A auto-regulação é importante porque ela também nos deve nortear na questão das recompensas profissionais ( os contratos,os salários pelo nosso trabalho )e que em tempos de desemprego resultam vitais.
Na Eupopa existe uma taxa de desemprego e pobreza semelhante ao panorama que se vive nos Estados Unidos. E, na verdade, nenhuma classe profissional pode apresentar um sorriso e dizer publicamente que esta "bem de saúde" . As novas profissões que que estão surgindo lutam por conquistar um novo espaço disputando o mercado de trabalho com as tradicionais. Na verdade é a própria fragmentação das C. Sociais que têm vindo a acentuar o decadente panorama. anteriormente descrito.
Mas continuo a insistir ......
hasta la victoria....
alfredo henríquez"
A proósito do Sindicato não me pronuncio..... desconheço o tal texto... mas insito nesta ideia básica....
Pensamos que com uma ordem estará resolvido o problema..... Esta falácia imposta pelo funcionalismo norteamericano como uma questão vital de sobreviencia dos profissionais portugueses e que nos tem perseguido ao longo de anos, tem provocado o esvaziamento do sentido organizativo e político dos assistentes sociais....
E desculpem a maçada....
alfredo henríquez
eu cá também vou de férias... e na vinda, prometo conseguir colocar o tal panfleto online para quem não teve acesso, e assim, lc e outros ficam a saber os contactos do sindicato. está prometido!
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