19.10.06

otroba

Já cansa. É tudo ao contrário na questão do direito ao "aborto". As linhas tortas percorridas não parecem conseguir escrever direito, neste caso.

Quando tanto projecto, política e promessa já "abortou", porque não mudar a estratégia governamental? Até me arrepio quando penso no dinheirinho gasto nos malditos boletins de voto para o referendo (a dobrar, se contarmos com o 1º). Já daria uma boa maquia para investir a sério na promoção de uma sexualidade saudável e responsável.

10 comentários:

Anónimo disse...

Concordo. Como sempre, isto da prevenção será sempre o parente pobre. Mas, enquanto não se mudam estratégias, VENHA O REFERENDO. É muito irritante ver a igreja, disfarçadamente, ou não meter o bedelho nesta questão.
Penso eu...
Abraços preventivos
marta

Anónimo disse...

Na minha humilde opinião o referendo é apenas para "empatar", assim ninguém pode dizer que não se discutiu o assunto e no fim... voilá... o povo vai escolher!!!!! Para mim não havia referendo... havia liberdade de escolha já... com muita educação e consciencialização!!!!!

Anónimo disse...

Não podemos um dia defender particpação, cidadnia, referndos, governação participada, voto elt´rónico e depois nefar a capacidade desse exercício por medo de perder. Na verdade o Aborto já só pode ser mudado emReferendo, após o primeiro. Só nova e forte vontade popular pode alterar o que outra não alterou. E não alterou porque muita gente ficou em casa, se demitiu da cidadania.
Não podemos querer chuva no nabal e sol na eira (ou ao contrário!. Para a Co-incineração já valia o referendo, para o aborto não, para outro e qualquer tema sim ou não dependendo se acharmos que vamos ou não ganhar.
EU VOTO SIM, já Votei e Votarei até que seja real. Esta é uma democracia e deverá sê-lo mais e mais. Mesmo que imperfeito, é o regime que melhor compatibiliza o individuo e o colectivo.
Sejamos coerentes, a falta de coerência é que conduz a surpresas...

S Guadalupe disse...

A falta de coerência foi produzida em primeira instância pela incongruência no posicionamento do PS no governo do "empate técnico" na AR, incongruência que tinha como figura de proa o Guterres. Amen!

Considero que os referendos devem existir para questões essenciais relativos ao sistema democrático, a modificações ou alterações do sistema propriamente dito. As revisões constitucionais deveriam ter sido alvo de um debate amplo.

Percebo a questão ética inerente a esta 2ª tentiva de clarificar a questão, pois criou-se um precedente que obriga a este passo, mas lamento-o. Se outro fosse o partido no poder aceitaria a decisão que ele tomasse, podendo, no entanto, lamentá-la, mas sendo o PS parece-me que deveria ter um posicionamento político firme nesta questão de saúde pública congruente com os seus princípios basilares. Era só isso que esperaria, congruência!

S Guadalupe disse...

Não posso deixar de concordar com Winston Churchill, que um dia disse que "a democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas" ("Democracy is the worst form of government, except for all those other forms that have been tried from time to time").

S Guadalupe disse...

como diz um amigo meu... já agora ponham o referendo ao domingo, para o pessoal ir votar depois da missa.

é só erros estratégicos, este será mais um...

Anónimo disse...

Não conheço referendos à quarta-feira de semana (sem ser feriado), não me parece boa estratégia.
Conheço pessoas de esdquerda e que não sairam para ir votar não da outra vez.
Conheço pessoas á direita que foram à missa e votaram sim.
E não me parece que a influência da Igreja em Portugal hoje seja assim tanta, a avaliar pelas tendências dos jovens, pelo menos anda desatenta, a dita Igreja...

Anónimo disse...

Estou de acordo com o último blogger.
Enfim apenas votemos, quando a isso formos chamados.
Coisas mais breves e importantes vãos-se passando no nosso campo e não somos chamados á pronuncia!

S Guadalupe disse...

Os votos e a decisão dos votos fica com quem os exerce ou não.

Noutros países as eleições não são ao fim-de-semana. Há múltiplos exemplos. Não veria qual o problema nisso. Para além de que há referendos múltiplos (com vários assuntos para decisão) no mesmo boletim de voto.... que são feitos em simultâneo com outro tipo de eleições (passa-se, por exemplo na "maior" democracia do mundo...). Prende-se com uma gestão de recursos que optimiza a participação popular

Quanto à igreja, há aparências que iludem. Os jovens a que provavelmente se refere o(a) anónimo(a) não votam ainda. Demograficamente o país é envelhecido e é aí que reside a mobilização da igreja católica, cada vez mais conservadora.

É só recordar o embaraçante momento do PS com Guterres a filiar-se a um princípio religioso para a sua decisão "de consciência" neste Estado laico e que se quer assim. Ainda hoje me envergonho de ter tido alguém como chefe de Estado que não conseguia distingir essas dimensões, apesar de respeitar imenso o dito senhor.

Esta questão é polémica e muito sensível, mas o festival em torno dela não leva a rumo nenhum.

Votarei, mas contrariada em estar a fazê-lo.

S Guadalupe disse...

Os votos e a decisão dos votos fica com quem os exerce ou não.

Noutros países as eleições não são ao fim-de-semana. Há múltiplos exemplos. Não veria qual o problema nisso. Para além de que há referendos múltiplos (com vários assuntos para decisão) no mesmo boletim de voto.... que são feitos em simultâneo com outro tipo de eleições (passa-se, por exemplo na "maior" democracia do mundo...). Prende-se com uma gestão de recursos que optimiza a participação popular

Quanto à igreja, há aparências que iludem. Os jovens a que provavelmente se refere o(a) anónimo(a) não votam ainda. Demograficamente o país é envelhecido e é aí que reside a mobilização da igreja católica, cada vez mais conservadora.

É só recordar o embaraçante momento do PS com Guterres a filiar-se a um princípio religioso para a sua decisão "de consciência" neste Estado laico e que se quer assim. Ainda hoje me envergonho de ter tido alguém como chefe de Estado que não conseguia distingir essas dimensões, apesar de respeitar imenso o dito senhor.

Esta questão é polémica e muito sensível, mas o festival em torno dela não leva a rumo nenhum.

Votarei, mas contrariada em estar a fazê-lo.