20.2.07

as rotas de exclusão

Portugal apresenta níveis preocupantes em quase todos os indicadores críticos de produção de riqueza e da sua distribuição. Vejam-se os dados do Eurostat ou atente-se à evolução do coeficiente de Gini.

Ficam aqui, sumariamente, alguns dos alertas da Comissão Europeia (cf. artigo Público, 20/02/07):
- "Portugal tem o pior resultado da UE no indicador dos trabalhadores pobres, o que significa que o salário não protege contra a precariedade" e não constitui por si só um factor de inclusão social;
- em Portugal, "o risco de pobreza após transferências sociais, e as desigualdades na distribuição dos rendimentos são das mais elevadas na UE".
- as crianças e os idosos com mais de 65 anos "constituem as categorias mais expostas ao risco de pobreza";
- o risco de pobreza é agravado com o aumento do desemprego; a elevada taxa de abandono escolar e o baixo nível de escolaridade dos jovens.

Conselhos de Bruxelas:
- que se garanta "a efectiva inserção social dos grupos de risco", através da adopção de medidas ligadas ao rendimento mínimo, e melhorar os níveis de qualificação dos desempregados, sobretudo dos menos qualificados e dos jovens.
- que se aplique a reforma das pensões, a melhorar a eficácia do sistema de saúde e resolver o problema do financiamento "regressivo" da saúde, tendo em conta o envelhecimento da população e o aumento dos custos de saúde.

Enquanto assistente social, parece-me fundamental ponderar cada uma destas e de outras questões directa e indirectamente relacionadas!

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