19.6.07

SNS - Sem Nenhuma Saúde

Não resisto a publicar aqui na íntegra um post de Carlos Enes publicado no seu blog "Fragmentos do Apocalipse". Muitas destas situações eram já denunciadas por relatórios anteriores. Conheço muito bem um de 2005 (do próprio MS) que aponta para o crescimento da fatia que cabe às famílias e que traz já à luz alguns destes dados que vieram a avolumar-se. Se não é novidade a situação reportada, também não o é a utilização ou não que se faz de um ou outro relatório técnico.

«Publico aqui o relatório da Comissão para a Sustentabilidade do Financiamento do SNS. (...) Para além da redução dos benefícios fiscais dados à Saúde em sede de IRS, do aumento anual das taxas moderadoras e da revisão do regime de isenções, o relatório recomenda a extinção dos subsitemas públicos de saúde, com a ADSE à cabeça, ou pelo menos que deixem de ser financiados pelo Orçamento de Estado. Pela consulta do relatório, fica-se a saber que os portugueses pagam directamente do seu bolso mais pela Saúde do que a generalidade dos europeus, que o regime de comparticipação dos medicamentos penaliza os mais pobres e que há quatro especialidades médicas que, na prática, já são privadas, porque é nos consultórios que se fazem a maioria das consultas. Uma "derrama" para a saúde, o tal imposto transitório, só é encarada pelos peritos como solução extrema, em caso de falência iminente do sistema. Num comunicado recente, o Ministro da Saúde comprometeu-se a não criar esse novo imposto nem a cortar no número de isentos do pagamento de taxas moderadoras. Quanto às demais recomendações, o comunicado é omisso.»

3 comentários:

Carlos Enes disse...

Gostei de conhecer o seu Blog, Guadalupe.

Se me permite uma ideia, digo-lhe para não dar excessiva importãncia às decisões centralizadas que pareçam poder influenciar o seu trabalho, mas também não deixe de estar atenta.

Bom trabalho!

Carlos Enes disse...

Corrijo: "importância"

S Guadalupe disse...

sempre atenta...
agradeço!