APELO à MOBILIZAÇÃO
Francisco Branco, enquanto Presidente da Mesa da Assembleia Geral da APSS, faz um apelo à mobilização dos Assistentes Sociais, convocando-nos para a Assembleia Geral Eleitoral de dia 15 de Abril.
«Ao convocar a nova Assembleia Geral para o dia em que se comemora, neste ano, por indicação da IFWS/FIAS o Dia Mundial do Serviço Social pretende-se conferir-lhe um particular simbolismo e contribuir assim para a mobilização de todas e todos os associados para este acto extremamente relevante para as e os Assistentes Sociais em Portugal.
Na verdade, os grandes desígnios que perseguimos como categoria profissional nos últimos anos, e especialmente a constituição da Ordem Profissional, ganharam um novo significado e perspectivas face à recente aprovação pela AR da Lei das Associações Públicas Profissionais. A prossecução deste objectivo exige uma forte mobilização de todas e todos os assistentes sociais e em primeiro lugar o fortalecimento da APSS, conferindo aos novos corpos sociais condições de suporte e funcionamento efectivos.
Neste sentido, todas e todos estão convocados para a mobilização necessária e para a dinamização de uma candidatura ou candidaturas aos órgãos sociais da APSS, bem como para um processo de filiação ou re-filiação associativa e para o cumprimento de um dos deveres mais elementares de todos os associados, o pagamento de quotização.
Com as melhores saudações associativas renovo o meu apelo a uma mobilização efectiva de todas e de todos!
Lisboa, 7 de Fevereiro de 2008»
5 comentários:
De onde viemos?
Para onde vamos?
Provalemente o Serviço Social em geral,englobando todos o seus agentes, directamente ou indirectamente ligados ao sector, estão a passar uma fase de profunda reflexão! Pois o que se avisnha não é nada favoravel, com a privatização tendenciosa do "assistencialismo", a classe provalvelente, se não se renovar, resta-lhe apenas a morte lenta e silenciosa. Pelo menos nos moldes que hoje conhecemos do que é ser profissional do Serviço Social! OU seja, o empreendedorismo "americano" vai ter de começar a aparecer junto dos caríssimos colegas que chegam à profissão. E o modelo "público" dos famosos anos 90, acabou! Isso é um dado adquirido!
Que horizontes são dados aos jovens que tanto investiram na sua formação?
O que as universidades estão a fazer para uma optimização dos estudantes no mercado de trabalho?
As Pseudo-reflexões cientificas em torno do Serviço Social, não serão o alimento preferido de quem apenas quer se fazer notar,pouco preocupado com a realidade nua e crua da precaridade que hoje se vive na área? Provavelmente temos duas classes no Serviço Social. A dos "Secos" e a dos "Molhados", e por isso provavelmente a classe anda tão fraquinha, a duas velocidades!!!! Em que ninguém aparece nas conferencias dos "secos" pois provavelmente a maioria pertence aos "molhados"!
E assim se vai guiando a vida! Como dizem os pobres..." conforme Deus sabe"
Por isso repito, antes de falarem, e darem directrizes, pensem que a classe está moribunda! ACORDEM! A coisa não está nada facil! é so ler os jornais!
Compreendo o "grito" do Dimitriev quando escreve, ACORDEM. Se me permite um comentário e pedindo antecipadamente desculpa se não o interpretei como desejaria, não concordo com a divisão que refere. Mas, se para si existe, é necessário trabalhar para superar as divisões que nos tolhem o caminho. Não defendo o "UNANISMO" das ideias, será que alguém defende? Estou de acordo consigo quando escreve que estamos a passar por um período de reflexão. Interpreto: estamos vivos...É preciso encontrar caminhos no contexto social actual.
Depreendo que o sentido do "post" é contribuír para essa reflexão e porque não mobilização da dos Assistentes Sociais neste momento em que temos consciência que é preciso fazer muitas coisas para encontar essecaminho.
Sempre aspirei à existência de uma Ordem dos Assistentes Sociais. fiz algumas coisas por isso. Um pequena participação num núcleo da APSS que não resultou. Desanimado abandonei a Associação.
Contudo, os colegas que são dirigentes merecem o meu respeito e cooperação que pode passar por diversas formas.
Por isso faz muito sentido o apelo à mobilização. O facto de actualmente sermos licenciados deve-se, também, a uma dinâmica mobilizadora dos Assistentes Sociais.
David Costa
Caros colegas,
até nem me importaria que existisse uma identificação de "secos" e "molhados", já que pressupõe que teria existido mobilização e movimentação de uma facção descontente... já não me identifico com a metáfora no que toca aos "secos", mas isto poderia dar uma bela dissertação... Imagino que o Dimitriev se refira à situação laboral dos assistentes sociais. Lamento a situação dos novos licenciados, mas não é só a situação do SS que lamento. É o futuro do país que está em causa e não de uma ou de outra pessoa. É um verdadeiro problema social, não é problema do jovem x, y ou z. E neste sentido já muito se deveria ter mobilizado!
Quanto à APSS, a Fernanda Rodrigues declarou publicamente, no passado dia 20, a sua frustação face ao facto de terem ficado 4 "gatos pingados" a assegurar a APSS çlogo após as 1as reuniões dos anteriores órgãos sociais. A desmobilização também contagia. Eu conheço há pouco tempo as dificuldades com que a APSS se debate e é triste reconhecer que estas dificuldades são reais e impedem a concretização dos seus projectos. O balanço não é positivo, mas pode ser mais positivo se alguém agir. Se o David se desmobilizou poderá agora mudar de ideias, como muitos outros.
Eu tentarei apoiar no que estiver ao meu alcance.
Ah... e é só para dizer ao D., que apenas está por cá há pouco tempo, que este blog surgiu para abanar e gritar a quem o ouvisse isso mesmo: acordem!
Não sou, ainda, associado da APSS, mas sei que deveria ser, tal como todos os assistentes sociais deste país. Mas também não gosto de radicalizar esta questão. É que em todas as classes profissionais, existe muita gente que nunca pertenceu a nada e não é por isso que sente menos a profissão ou que não batalha em prole da sua dignificação. Aliás, o modelo de algumas ordens que obriga os seus profissionais a estarem filiados para exercerem, é algo que tem aspectos positivos, mas também negativos. Desde logo, existe uma coacção sobre os profissionais, a qual resulta apenas em dados numéricos que não significam que haja uma participação efectiva desses membros. O facto de haver liberdade de escolha é algo positivo. Claro que a questão da regulação no acesso à profissão é de vital importância, mas para isso existirão estratégias alternativas à obrigatoriedade de uma filiação. Também é verdade que associação é uma coisa e ordem (profissional) outra. Uma associação não pode regular o acesso a uma profissão, enquanto uma ordem sim. E como acho existir um grave problema na regulação e regulamentação na nossa profissão, havendo casos de profissionais que sem possuírem habilitações para tal, se auto-intitulam assistentes sociais, considero importante virmos a ter uma ordem. Também não se tem falado do sindicato, outra estrutura com finalidades diferentes e insubstituíveis do ponto de vista jurídico. Uma ordem não substitui um sindicato. E aí estamos ainda pior. O nosso sindicato é praticamente virtual e na recente polémica em torno da contratação de assistentes sociais no SNS, colegas houve que procuraram mobilizar o sindicato e que se desiludiriam completamente.
Mas a verdade é que ainda não assisti a uma verdadeira reflexão acerca dos motivos pelos quais os profissionais não aderem à APSS (e sindicato, já agora) como seria desejável. Também não possuo uma resposta, mas há um aspecto que me causa alguma impressão e que já referi anteriormente: o marketing. Não há uma estratégia de marketing junto da classe. Esta estratégia seria indispensável se tivermos em conta o rejuvenescimento que a classe tem conhecido ultimamente. Todos os anos concluem a licenciatura cada vez mais jovens assistentes sociais e para esses são necessários novos "chamarizes" que passem por uma estratégia moderna de comunicação. Ora a imagem que, quer a APSS, quer o sindicato transmitem é de algum envelhecimento, não possuindo sequer sites(!), algo que está ao acesso de qualquer "gato pingado" nos dias de hoje. Se tivermos em conta que quase todos possuem e-mail, sites próprios ou são membros de comunidades virtuais (por exemplo, HI5), facilmente se depreende onde estão os canais de comunicação mais privilegiados. É só aproveitar.
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