entre títulos e canudos
Uma reportagem que tinha o mérito de alertar para a vida da "geração do desenrasca" que supostamente retratava uma assistente social que trabalhava num casino, acabou por trazer uma vez mais à baila a confusão e desregulamentação do campo profissional, ao apelidar Marta Coelho, licenciada em educação comunitária e intervenção, como assistente social. E estou convencida que não foi a jornalista da Lusa a proporcionar tal ideia fantasiosa!
Há crianças que gostariam de ser bombeiros, bailarinas, veterinários, etc e nunca chegam a sê-lo em adulto. Que mal há em sonhar?
15 comentários:
Sonia, admiro a por muita coisa mas tambem por estar sempre tao atenta e por defender com os meios que tem a sua, a nossa profissao.
ah, Esqueci me de referir que eu nao só gostaria de ter sido como sou mesmo licenciada em Serviço Social e uma das minhas grandes referencias,diria mesmo Mestre foi a Sónia, e continua a ser...
Sónia eu não tenho tanta certeza de que a ideia fantasiosa não veio da cabeça da Jornalista, já passei por experiência muito desagradável com troca total do sentido da minha mensagem em contexto profissional e todos nós conhecemos deturpações da comunicação social. (salvaguardando a hipótese de que a sua convicção seja mais do que isso, é claro)!
Apesar desta minha dúvida... a história do dar o peixe e ensinar a pescar é hilariante!!!! Acho que só mesmo rindo com tanto disparate que por aí se diz...
Em todo o caso é de repor a verdade! Mais uma vez um bem haja pela permanente atenção :)
;-) para o 1º/ª anónimo(a)!
Para o 2º... pois, pensei nisso, principalmente pelo esclarecimento da rapariga nos comentários... mas de onte tiraram a ideia? Certamente que a criatividade tem limites e se baseia em algo que ela terá dito.
Quanto à "pescaria" também foi o meu momento de galhofa... e ainda por cima reafirma-o. Lamento que a sua formação pessoal e profissional não dê para mais!
Pesquei esta história através de outros colegas que estão atentos.
Esqueci-me de assinar... a segunda anónima.. Carla :)
ESTE TIPO DE "POST" CHAMARIA DE POPULISMO BARATO! ESPERO SER PERDOADO PELO TOM, MAS NÃO VEJO OUTRA ADJECTIVAÇÃO. Faz-me lembrar a propaganda utilizada outrora em muitas situações políticas por esse mundo fora! A história é deste estilo:
Um desgraçado diz que é assistente social e trabalha num casino...
E a "nossa redacção" foi buscar o pormenor de que o senhor não era assistente social, eehhhh...Porque era licenciado em Interv.Social ou Comunitária...por ai! E ficamos todos muito contentes e aliviados...Porque a "escumalha" não faz parte da nossa classe!!!
É inacreditavel! Mas este "post" dá alento a quem? Jesus Christ!
Mas se for necessário eu vou buscar testemunhos de "verdadeiros" assistentes sociais que trabalham em caixas supermercado, call center, e afins....provavelmente bem piores que o luxo de um casino!
Este tipo de intervenção, como diz um amigo meu, é uma intervenção típica de "feira"!
É mesmo a bater no fundo!
Caro D., caso leia com atenção a primeira fase perceberá que o "tiro" foi ao lado. A questão nunca foi essa. Apelo ao seu lado inteligente para que faça uma leitura mais adequada e não se ponha nessa posição que já lhe começa a estar associada pouco positivamente. Sempre apostei na promoção de competências e acredito que todos as têm!
Tais situações de assistentes sociais que trabalham em caixas de supermercado e call centers são-me bem familiares... infelizmente... e também me são familiares as relativas a quem trabalha como assistente social em situações de enorme precaridade.
Não confunda as coisas!
sou sua fã sonia... continue!!!
Dimitriev, deixe-se de demagogias, já toda a gente aqui conhece o seu discurso. Não deturpe as coisas, não altere o sentido do que se diz e do que se escreve. Toda a gente aqui conhece exemplos de assistentes sociais que infelizmente se encontram em situação similar. Mas assistentes sociais DE FACTO. Agora "o seu a seu dono". As identidades, mesmo as profissionas, devem ser protegidas. Imagine que aparecia um auxiliar de saúde a dizer que é enfermeiro, por exemplo. Acha que a ordem dos enfermeiros não emitia logo uma nota de esclarecimento? É tão simples quanto isto.
E quanto à afirmação que a pessoa faz em relação ao "peixe", revela uma total incoerência e falta de ética. Se eu fosse empregador, teria muitas dúvidas em empregar alguém que utiliza a comunicação social para atacar outras profissões, já que a afirmação tem implicita a ideia de que os técnicos de intervenção comunitária é que sabem trabalhar, enquanto os assistentes sociais são uma cambada de incompetentes. Ora comparemos a formação académica, experiência e história de uma e de outra profissão, bem como o conteúdo funcional, e veremos quem possui maior legitimidade de intervenção e conhecimentos mais aprofundados e adequados. Afinal, o que faz um técnico de intervenção comunitária? O que trouxe de novo à área social? A maioria limita-se a reproduzir os assistentes sociais, copiando os modelos de intervenção. Essa é que é a realidade, daí a necessidade de aproveitar todas as alturas para "passar a perna" ao Serviço Social. Já conheço essa estratégia.
A "Piquena" diz:
"A assistente social dá o peixe e nós ensinamos a pescar", explicou.
A senhora por esta frase nunca se quis intitular "assistente social".
A Jornalista, a que acha que tudo é assistente social! Se a jornalista acha isso, o que achará a sociedade em geral?
A pergunta mais recente do género foi:
-Oh Dimitriev para se ser assistente social, basta tirar aquelas formações, tipo "cenfin"?
-Ao que respondi, não jovem tem de se ser licenciado em s.social.
- Como? não acredito?
Esta situação foi real!
na minha fantasia a jornalista deve ter-se quetionado (e a rapariga em causa) sobre o que seria uma licenciada em educação comunitária e intervenção. ao que ela terá respondido algo do género - "é uma espécie de assistente social" - , discorrendo depois sobre o que os distingue dizendo aquele chorrilho de asneiras entre peixes e pescarias...
Mas esta é só a minha fantasia. Posso fantasiar, mas não o tomo por verdade... já há quem tenha dificuldade em distinguir estes dois patamares. A realidade é construída, mas tem de sê-lo!
Essa pergunta que fizeram ao D. também é gira ;-) Tenho curiosidade... o que respondeste no decurso da interjeição desqualificadora?
Concordo com o Dimitriev. Para oq ue serve estar a discutir se a jornalista se enganou, ou foi a moça? Isto é um blog POPULISTA, defende-se o quê aqui, digam lá?
Se reflectissemos seriamente porquê o Miguel Torga num dado moemnto passou alunos de cursos psicossoiais (o qu é isso??) para Serviço Social, encharcando mercado com mais de 400 profissionais num ano práticamente teríamos algumas conclusões...
Não sejam demagógicos, pegar numa triste desempregada e humilhá-la pela confusão!
Quanto ao iluminado Duarte:
Que instituição sócio profissional iria falar sobre uma gaff? Só se fosse também gerida por populistas!!!!!!
Dimitri Friend
Então deve andar desatento, caro "dimitri friend". Mas enfim, continuamos com a mesma passividade em torno da defesa da nossa identidade profissional, achando que é sempre uma questão secundária, terciária e por aí fora. Enquanto isso os outros...enfim e não digo mais nada, nesse barco é que não entro e espero que quem representa a classe também não.
Ah e já agora, a "pobre coitada" da próxima vez que não se ponha a jeito e fale de um modo mais ético. Realmente coitada, vejam lá até foi para o jornal mandar farpas ao trabalho das "assistentes sociais que só dão o peixe"... Já lá diz o povo "quem não se sente, não é filho de boa gente".
Dimitriev and friend's...
ou será Provocador Social sob disfarce!
Caríssima colega Guadalupe...é urgente uma gestão dos comentários...pelo bom nome da profissão!
Clara
Sinceramente, confesso não perceber porque perdem tempo em sítios tão populistas com este... com tanta coisas para ver e fazer por aí. Eu não perderia!
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