21.7.08

notícias que envolvem assistentes sociais

Hoje, ao contrário do que é normal, foram sinalizadas pelos alertas do Google 3 notícias que envolviam o Serviço Social. As três têm natureza muito diversa, curiosamente. Deixo aqui duas: uma que indicia problemas na área da adopção e outra que divulga uma iniciativa de cariz formativo com forte adesão popular.
Sabendo que a primeira remete para uma área de extrema complexidade e cheia de contradições, parece-me muito prematuro tecer juízos com base na visão de quem se sente lesado unicamente. Não conhecemos o processo, mas sim o seu desfecho para um caso... Não queria com esta observação apelar ao corporativismo, mas antes a uma profunda reflexão sobre a responsabilidade nas intervenções e na tomada de decisão.
Notícia do JN (21/07): Segurança Social motiva processos de adopção. Em Viana do Castelo, várias famílias contestam relatórios que levam o tribunal a retirar-lhes os filhos. Rosa Lima recorreu da sentença e ganhou. Mas viveu sete meses esquecida pelo Estado
Aveiro: Aprender artes manuais para criar auto-emprego

2 comentários:

Duarte disse...

Por acaso li essas notícias antes de vir trabalhar e pensei "mas que bela maneira de começar a semana...". Pelo menos uma delas (o que já não é mau) refere-se a uma boa prática de intervenção social. No caso das adopções, numa primeira leitura, questiono onde terão as colegas em causa aprendido que os factores económicos devem ser condicionantes por si só, na retirada de uma criança. E com isto reforço a ideia para quem não é da área e possa ser levado a pensar que aprendemos estas coisas na faculdade, que aprendemos precisamente o contrário. Quando falamos no empowerment, na advocacia social, entre outros conceitos, tenho alguma dificuldade em enquadrar as práticas relatadas (talvez tenha sido alguma aula a que faltei...). Já não é a primeira vez que oiço casos em que o factor carência económica serviu para fundamentar semelhante medida radical. Mas também é importante que se diga que felizmente são casos que não representam a maioria. Pelo menos da minha experiência, o sentido da intervenção perante esta problemática é outro e o que é levado em conta em processos de retirada são factores muito mais graves em que resulta evidente o perigo para a criança. Claro que salvaguardo aqui o contraditório, pois não deixam de ser notícias de jornal que não contam tudo e pelo que se lê há opiniões contrárias que compete à justiça mediar e determinar qual das partes tem razão. Numa coisa estou certo, não há aqui inocentes, para além das crianças.

S Guadalupe disse...

idem!