16.2.09

nostalgias

Na sexta-feira passada, a caminho de uma formalização de estágio, dei por mim a pensar na identidade que vamos perdendo no nosso caminho...
... a escola onde fiz a primária fechou, continua o edifício com outras funções,
... a escola onde fiz o ciclo (5º e 6º) mantém-se no mesmo sítio, ainda que com nova cara,
... a escola onde fiz o 7º e 8º, que era um autêntico galinheiro, foi demolida e surgiu uma piscina e um parque de estacionamento... nada resta... apenas uma nova escola com o mesmo nome (Martim de Freitas).
... a escola José Falcão (9º-12º) há muito é ameaçada por interesses imobiliários, continua quase igual, mas muito mais degradada e vazia,
... a escola onde me licenciei, o Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra, mudou de nome e reinventou-se em Instituto Superior Miguel Torga, ainda que mantenha o edifício onde passei 5 anos como aluna,
... o mestrado que fiz (Família e Sistemas Sociais) mudou de nome e de estatuto,
... foi duro, na 6ª feira, pensar que me dirigia a um hospital que mudou recentemente de designação... e que foi o meu local de estágio: o velhinho Hospital Sobral Cid é agora a Unidade Sobral Cid do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra... eu já sabia mas não tinha lhe pisado ainda o chão...
Diria que me senti profundamente nostálgica. Que fragmentos do percurso apanharei daqui por uns anos da minha vida?

2 comentários:

prafrente disse...

Toda a vida é composta de mudança.Cada alteração á segurança das nossas rotinas causa-nos um sentimento de "fragilidade".Em cada momento surgem novos desafios, alguns bem dolorosos,e numa perspectiva da biologia evolucionista De Darwin,adaptada a um contexto "psicosocial"só sobrevivem os mais "aptos"...

Isto é pura teoria...também sou nostálgico q.b.

S Guadalupe disse...

Claro, sempre "p'rá frente"...
Adoro mudanças e renovações, mas às vezes olha-se para trás e é necessário ter referências... no entanto, não se perdem... renovam-se e reinventam-se...