fora de jogo, para variar...
O Programa Serviço de Saúde da RTP1 de ontem abordou o tema da saúde mental. Apesar da nossa dificuldade em compreender, e dos membros das equipas multidisciplinares serem legítimos representantes da equipa no seu todo, o Serviço Social ficou ausente... no entanto, muitas das intervenções referidas constituem atribuições funcionais do Serviço Social nesta área.
8 comentários:
Já deixei de me queixar sobre este assunto. E passo a explicar porquê: nós profissionais somos os agentes da nossa própria mudança, somos os autores do nosso percurso profissional e somos os transmissores dos nossos próprios conhecimentos. Neste tipo de problema, temos feita a nossa própria cama, aliás, como diz um ditado popular alentejano, "quem em boa cama faz, em boa cama se deita". Isto para dizer que enquanto classe não temos feito praticamente nada para divulgar o que sabemos e o que fazemos. Estamos sempre à espera que os outros descubram. Não temos tido qualquer estratégia de comunicação, diria mesmo, de marketing. Temos de ser nós os primeiros a avançar. Não casuisticamente, mas como classe. Portanto, torna-se natural que estes exemplos se repitam ano após ano. Talvez precisemos mesmo de uma Ordem para termos uma estratégia organizada de comunicação e de marketing. Uma estratégia que divulgue boas práticas junto dos media; que divulgue o nosso conteúdo funcional face a problemáticas específicas; etc. Enquanto não formos nós a avançar, nada se alterará. Conheço as limitações que a APSS tem tido e sei que o mommento actual é de concentração de esforços em torno da Ordem. Mas e se nunca viermos a ter uma Ordem? Continuaremos a nada fazer? Penso que há condições para fazer mais. Lançar ciclos de debates, conferências, seminários, publicar artigos, boletins, dá-los a conhecer aos media. Abrir mais a nossa actividade à comunicação social. Tenho a certeza que se adoptarmos essa estratégia, a situação melhorará, aos poucos, mas melhorará. Os media estão ávidos cada vez mais de fontes de informação e gostam de dar tempo de antena às problemáticas sociais. Será que não temos um papel orientador junto dos mesmos, em termos da clarificação de muita da informação? Penso que sim. Está tudo, portanto, nas mãos da classe. Isto se entendermos que há alguma coisa a mudar, pois o silêncio pode às vezes ser sinal de desinteresse. Espero que não seja esse o caso.
Concordo com o colega, penso que um gabinete de comunicação ajudava muito, no entanto considero que nos últimos anos têm sido produzida bastante matéria cientifica que merecia outro destaque, não só motivada pela APSS, mas também pela AIDSS, CIHTS, universidades a formar Assistentes Sociais etc..., o problema na minha perpectiva reside sempre no facto da visibilidade que é dada ao trabalho, é urgente criar um gabinete de comunicação por exemplo integrado na APSS.
Com sabem, eu concordo convosco, no entanto também concordarão que a actual conjuntura do associativismo na nossa categoria profissional não permite avançar nesse sentido. Não existe uma estrutura financeira que suporte mais do que temos. É pena! Todos os membros da APSS, voluntários, gostariam que esta reunisse mais condições para contarmos com uma estrutura mais profissional, que permitisse outras dinâmicas. Ideias e vontade não nos faltam...
A Ordem permitirá alcançar uma estrutura diferente e, espero, consolidar alguns projectos que poderão servir melhor e prestigiar a classe.
No entanto, entretanto, caso haja vontade da parte de algum colega em empregar algum do seu tempo a apoiar um projecto desse tipo, certamente que será bem acolhido.
Mais posso adiantar que na APSS já pensámos, inclusivé, num estágio de comunicação social, mas há um conjunto de aspectos que o impedem, desde logo porque nem existe orientador, etc.
Houve outros projectos que tínhamos que ficaram para trás, pelas mesmas razões. São razões, não são desculpas.
Caso alguém possa trazer ideias novas, a classe profissional agradece.
Na minha opinião pode haver várias hipoteses a explorar:
1. Um estágio profissional de um/a colega de Serviço Social que esteja vocacionado/a para a área da comunicação Social(situação que aontece em muitas organizações)- teriamos o caso do orientador resolvido.
2. no âmbito das iniciativas ao emprego 2009.
3. Um contrato de inserção + ou -, ou seja subsidiado ou rsi.
São situações a explorar, é verdade e concordo com a colega Guadalupe que estamos no decorrer de um processo que pode vir a alterar em muito estas questões, mas este recurso pode ser favorável ao próprio decorrer do processo de constituição da Ordem.
Conclui-se que existem então alternativas para, mesmo no actual momento, avançar com iniciativas. Há que começar já e não depositar tudo na criação da ordem, pois essa é uma atitude sebastianista. Até porque como referi anteriormente é preciso não parar, mesmo se não viermos a ter uma ordem. O Serviço Social português não começa, nem acaba na ordem. Há mais vida para além da ordem.
No que diz respeito ao suporte financeiro para suportar tais recursos é importante que se entenda todo este processo como uma bola de neve, o encadeamento de todas as questões é fundamental. por exemplo sabemos que a APSS necessita de sócios para reforçar as suas capacidades financeiras, ora todos sabemos que ninguém paga para seja o que for gratuitamente é sempre em função de um interesse (ex:é do meu interesse), quando no site da APSS entramos em menbros/beneficios verificámos que se encontra em construção desde o inicio da publicação do site simplesmente oferece a ficha de inscrição, considero que era relativamente fácil protocolar com algumas empresas como muitos sindicatos e associações fazem no sentido de os sócios terem descontos é uma prática generalizada de inúmeros organismos e bem aceite pelas empresas porque facilita a fidelização de clientes (esta acção só obriga a alguma disponibilidae e empenho de um dos elementos dos corpos sociais fazer contactos e protocolos), apoio juridico aos sócios mais dispendiosa mas com criatividade consegue-se sempre alguma coisa.
Espero que ninguém interprete este comentário como uma critica -, pois este simplesmente pretende ser um contributo /uma opinião para que a APSS possa crescer em sócios e suscitar mais interesse de adesão por parte dos Assistente s Sociais
Por partes:
Não é assim tão fácil encarar estas possibilidades, pois pode estar-se a atropelar funções de outros profissionais e a deturpar objectivos de estágio, assim como a fazer um aproveitamento eticamente reprovável de trabalho "barato". No entanto, podem colocar-se em cima da mesa tais possibilidades a estudar devidamente.
Quanto aos benefícios, a proposta está em estudo há algum tempo, mas a necessidade de responder a tantas outras prioridades têm a adiado o avanço nesta matéria.
Há benefícios directos: descontos em formação, supervisão, apoio jurídico, compra de livros, etc...
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