18.9.09

coisas das minhas aulas e de nós...

Os meus alunos certamente que acham que sou maluca quando digo que "1+1=3". Confesso que o meu forte não é matemática, mas a questão aqui é outra. O axioma mais básico da Sistémica diz-nos que o todo é mais que a soma das partes (ainda que possamos equacioná-lo como mais e menos do que a soma das partes, tal como Morin) e este é traduzido por aquela continha simples: "1+1=3". Da interacção entre as partes emerge algo novo e diferente das partes, o todo. É simplesmente isto que traduz. Um casal será "eu+eu=nós" sem que o "nós" esgote as partes (eu) e as partes se confundam com o "nós".
Uma organização de assistentes sociais precisa de muitos "eus", muitas partes para que o "nós" emerja renovado e forte, um todo que contenha as propriedades das partes e as partes desse todo. Vamos construir um "nós" com muitos de nós?
[aos meus alunos... desculpem a seca!]

5 comentários:

Presidente do Inatola disse...

"Princípio de não contradição e o Princípio do terceiro excluído"

(...) Leo Rosten: famoso lógico, sagaz e rabi,foi "testado" pelos seus alunos. Experiência dos alunos era: (...)será que o professor conservaria o seu poder de raciocínio depois de algumas bebidas. (...) então, fizeram-no beber o vinho suficiente para que ficasse bastante ébrio. Quando adormeceu, levaram-no para o cemitério e deitaram-no no chão, atrás de uma pedra tumular. Repois esconderam-se e esperaram pela análise que o professor faria da situação.

Quando este acordou, ficaram muito impressionados pelo seu uso talmúdico do princípio do terceiro excluído.«Ou estou vivo ou não estou. Se estou vivo, então que faço aqui? E se estou morto, então por que quero ir à casa de banho?»

(Penso, logo rio, John Allen Paulos, pág. 25 e 26, Ed. Inquérito, 1985)

Duarte disse...

"Fim da pobreza requer um novo modelo económico - Conferência juntou diversos especialistas para apresentar soluções para os carenciados" http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1366767

Uma conferência sobre o combate à pobreza com diversos especialistas mas em que nenhum era assistente social de formação. Quanto mais não seja para debater a ideia deixada por Isabel Jonet (Banco Alimentar) de que "É indispensável que as ajudas sociais sejam acompanhadas de capacitação dos beneficiários para que, no final do apoio, possam estar realmente preparados para integrar o mercado". Como nos querem pedir responsabilidades, se nestes momentos não nos dão a oportunidade de mostrarrmos o que pensamos? Uma conferência sobre pobreza sem assistentes sociais é como fazer uma conferência de medicina sem médicos, de justiça sem juízes ou advogados ou de educação sem professores.

assistentesocial.com disse...

Infelizmente, caro Duarte, isso é muito comum. Não são raras as vezes em que o assistente social é esquecido...

ana disse...

"Toda a aprendizagem leva à transformação da pessoa. Por sua vez, essa transformação/metamorfose constrói/reconstrói a identidade pessoal da infância à adultez.(...)Ao longo da sua vida, o aluno e o professor acabam por atravessar uma multiplicidade de culturas, códigos linguísticos, mais restritos, mais elaborados, mais locais, mais globais, crenças, valores, saberes, etc., que levam à sua reconstrução identitária e à criação de determinado perfil/modelo de ser aluno e professor."http://www.aps.pt/cms/docs_prv/docs/DPR4628d8805d2bd_1.pdf

S Guadalupe disse...

eu é que dei o nó!
estou atolada de trabalho...