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Continuam as "conversas de café" e frases feitas sobre o RSI. Refiro-me ao discurso de Passos Coelho, qual Paulo Portas. Vê-se que não se documentou o suficiente, nem falou com quem tivesse conhecimento da matéria. Resumiu os beneficiários a um grupo de preguiçosos e desonestos. Talvez desconheça o que são os Programas de Inserção, o que é o trabalho dos Núcleos Locais de Inserção, o que se faz em termos de articulação com os centros de emprego. Os beneficiários já têm que apresentar contrapartidas e responsabilidades traduzidas nas diversas medidas constantes dos programas. Esqueceu todas aquelas situações de pessoas que infelizmente não podem trabalhar e dependem destes apoios para sobreviver. Esqueceu muitos dos idosos que vivem com o RSI. Enfim, foi simplista. Desconhece que a medida falha muitas vezes pelo excesso de situações por técnico. Mas que há muitas conquistas e não se resume tudo ao fracasso. Não é bom que os nossos políticos falem de cor sobre matérias para as quais não estão preparados. Dizer que a segurança social atira os idosos para os lares e que os esquece porque quer atirar os problemas para debaixo do debate, é algo duma ignorância atroz e que foi dito no discurso de encerramento do congresso do PSD por Passos Coelho. Porque razão estes políticos no que respeita à área social não se informam com quem de direito tal como fazem com outras áreas? Hábito irritante mesmo... Volto a dizer: que bom seria que de quando em vez a APSS tomasse uma posição através de missivas, comunicados, o que fosse, sobre estes temas. Acho que não custa muito, não exige uma logística por aí além, se calhar muitos colegas estariam dispostos a colaborar. Hoje é fácil com as novas tecnologias, não sei...
Duarte, isso que pede a alguém é o mínimo que tenha um interesse pelo "colectivo". Creio que ainda não percebeu que a APSS é uma "Associação" sem sentido e sem objectivos que não sejam os de alguns que lá estão.Desculpe...Acorde.
Talvez tenha razão, Manuel. Apareça um destes dias para trabalhar connosco!
As pessoas que estão na associação têm enormes ganhos pessoais: noites a fio a trabalhar, uns quantos sábados passados na sede, um corropio de cá para Lisboa, chatices incríveis, um sem fim de estratégias para pagar o que todos deveriam pagar, etc etc. Tudo coisas que a mim pessoalmente me faziam muita falta...
Aliás, é por estas e por outras que me questiono porque é que não passo os sábados ao sol com a minha família em vez de estar preocupada com estas coisas do colectivismo... mas provavelmente terei algo de masoquista.
Quanto ao que diz, Duarte, tem toda a razão. Como sabe, partilho genericamente das suas observações, ideias e propostas. Precisávamos, no entanto, de uns quantos "Duartes". Acredite que todos os (poucos) membros dos órgãos nacionais da APSS gostariam que a Associação conseguisse ser mais capaz e efectiva.
Ah, quanto ao assunto, ouvi hoje a Ministra no parlamento contestar a visão do Passos Coelho sobre a desqualificação do apoio social (a propósito da protecção social no desemprego), reafirmando-o enquanto direito. Gostei!
5 comentários:
Continuam as "conversas de café" e frases feitas sobre o RSI. Refiro-me ao discurso de Passos Coelho, qual Paulo Portas. Vê-se que não se documentou o suficiente, nem falou com quem tivesse conhecimento da matéria. Resumiu os beneficiários a um grupo de preguiçosos e desonestos. Talvez desconheça o que são os Programas de Inserção, o que é o trabalho dos Núcleos Locais de Inserção, o que se faz em termos de articulação com os centros de emprego. Os beneficiários já têm que apresentar contrapartidas e responsabilidades traduzidas nas diversas medidas constantes dos programas. Esqueceu todas aquelas situações de pessoas que infelizmente não podem trabalhar e dependem destes apoios para sobreviver. Esqueceu muitos dos idosos que vivem com o RSI. Enfim, foi simplista. Desconhece que a medida falha muitas vezes pelo excesso de situações por técnico. Mas que há muitas conquistas e não se resume tudo ao fracasso. Não é bom que os nossos políticos falem de cor sobre matérias para as quais não estão preparados. Dizer que a segurança social atira os idosos para os lares e que os esquece porque quer atirar os problemas para debaixo do debate, é algo duma ignorância atroz e que foi dito no discurso de encerramento do congresso do PSD por Passos Coelho. Porque razão estes políticos no que respeita à área social não se informam com quem de direito tal como fazem com outras áreas? Hábito irritante mesmo... Volto a dizer: que bom seria que de quando em vez a APSS tomasse uma posição através de missivas, comunicados, o que fosse, sobre estes temas. Acho que não custa muito, não exige uma logística por aí além, se calhar muitos colegas estariam dispostos a colaborar. Hoje é fácil com as novas tecnologias, não sei...
Duarte, isso que pede a alguém é o mínimo que tenha um interesse pelo "colectivo". Creio que ainda não percebeu que a APSS é uma "Associação" sem sentido e sem objectivos que não sejam os de alguns que lá estão.Desculpe...Acorde.
Talvez tenha razão, Manuel. Apareça um destes dias para trabalhar connosco!
As pessoas que estão na associação têm enormes ganhos pessoais: noites a fio a trabalhar, uns quantos sábados passados na sede, um corropio de cá para Lisboa, chatices incríveis, um sem fim de estratégias para pagar o que todos deveriam pagar, etc etc. Tudo coisas que a mim pessoalmente me faziam muita falta...
Aliás, é por estas e por outras que me questiono porque é que não passo os sábados ao sol com a minha família em vez de estar preocupada com estas coisas do colectivismo... mas provavelmente terei algo de masoquista.
Acorde, Manuel!
Quanto ao que diz, Duarte, tem toda a razão. Como sabe, partilho genericamente das suas observações, ideias e propostas. Precisávamos, no entanto, de uns quantos "Duartes". Acredite que todos os (poucos) membros dos órgãos nacionais da APSS gostariam que a Associação conseguisse ser mais capaz e efectiva.
Ah, quanto ao assunto, ouvi hoje a Ministra no parlamento contestar a visão do Passos Coelho sobre a desqualificação do apoio social (a propósito da protecção social no desemprego), reafirmando-o enquanto direito. Gostei!
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