17.9.10

Assistentes Sociais Brasileiros vão ver reduzida a semana de trabalho para 30 horas

http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/08/senado-aprova-jornada-de-30-horas-de-trabalho-para-assistentes-sociais.html

5 comentários:

Duarte disse...

A diferença de força que a mesma profissão tem num e noutro país é por demais evidente, não só em comparação com o Brasil, mas também em comparação com muitos outros países, quer da Europa, quer de outros continentes. Força essa que também radica no facto de Assistentes Sociais que ocupam posições de relevo, quer político, quer social, não negarem que o são e vincarem a profissão que representam. O contrário passa-se cá. Assistentes Sociais que ocupam cargos de revelo, parece que tremem só de pensar em revelar publicamente que o são. Nunca me hei-de esquecer de há 5 anos ter assistido num congresso organizado pela APSS, um alto cargo dirigente de um certo organismo público de elevada relevância na área social, ter feito questão de frisar que se lá tinha chegado, certamente não se devia ao facto de ser assistente social e que esse facto até seria mais um handicap do que uma qualidade... Seja verdade ou não - o que é altamente discutível - não fica bem dizê-lo. Não vejo mais ninguém de outras áreas defender que a sua profissão até pode ser um handicap à progressão social. Alguém imagina um médico, um jurista, um psicólogo ou sociólogo que ocupe um cargo desses afirmar semelhante coisa? Mas no Serviço Social português parece que se gosta de dar tiros nos pés.

Manuel Lourenço disse...

Caro Duarte, que valiosa a sua colocação, pensei que mais ninguém "via" isso cá em Portugal... pq tenho acompanhado este blog a tempos, inclusive o das Insistências, e o que se vê é mesmo isso, a mais facilidade em queixar-se do que falta enquanto profissionais e profissão, do que arregaçar as mangas e lutar... Sou Assistente Social brasileira, estou cá ha tres anos, sou docente em Serviço Social, e trabalhei orgulhosamente nas várias vertentes em que esta profissão proporciona... claro que cá como estrangeira que sou, cuido tb orgulhosamente de dois bebês. Mas sei que ao voltar tenho trabalho, tenho reconhecimento, e mais feliz fico em saber que faço parte da história do Serviço Social Brasileiro. Vim acreditando, que mesmo que não trabalhasse, poderia me engajar em causas, como lá tb o fiz voluntáriamente pelos Direitos Humanos... mas aqui... falta essa vontade de se engajar e lutar pelo seu espaço, ser cooporativista, sim. Não deixar que outro assuma suas funções. Vivo me deparando enquando humilde imigrante, com outros profissionais que ocupam lugares onde só um Assistente Social deveria ali ocupar e sim, me revolto pelos colegas portugueses e também com eles... nós Assistente Sociais Brasileiros com certeza faríamos coro com essa causa... mas aqui... há uma espécie de amortecimento e conformação com a situação dada. Lá faz parte do nosso Código de ètica sermos agente de mudanças. Conheço a Márcia Lopez, hj ministra da Assistência Social e sei o quão combativa é, sua trajetória e sim... tem muito orgulho em hoje ser uma Assistente Social Ministra! Força companheiros e companheiras.

Anónimo disse...

Caro Duarte, que valiosa a sua colocação, pensei que mais ninguém "via" isso cá em Portugal... pq tenho acompanhado este blog a tempos, inclusive o das Insistências, e o que se vê é mesmo isso, a mais facilidade em queixar-se do que falta enquanto profissionais e profissão, do que arregaçar as mangas e lutar... Sou Assistente Social brasileira, estou cá ha tres anos, sou docente em Serviço Social, e trabalhei orgulhosamente nas várias vertentes em que esta profissão proporciona... claro que cá como estrangeira que sou, cuido tb orgulhosamente de dois bebês. Mas sei que ao voltar tenho trabalho, tenho reconhecimento, e mais feliz fico em saber que faço parte da história do Serviço Social Brasileiro. Vim acreditando, que mesmo que não trabalhasse, poderia me engajar em causas, como lá tb o fiz voluntáriamente pelos Direitos Humanos... mas aqui... falta essa vontade de se engajar e lutar pelo seu espaço, ser cooporativista, sim. Não deixar que outro assuma suas funções. Vivo me deparando enquando humilde imigrante, com outros profissionais que ocupam lugares onde só um Assistente Social deveria ali ocupar e sim, me revolto pelos colegas portugueses e também com eles... nós Assistente Sociais Brasileiros com certeza faríamos coro com essa causa... mas aqui... há uma espécie de amortecimento e conformação com a situação dada. Lá faz parte do nosso Código de ètica sermos agente de mudanças. Conheço a Márcia Lopez, hj ministra da Assistência Social e sei o quão combativa é, sua trajetória e sim... tem muito orgulho em hoje ser uma Assistente Social Ministra! Força companheiros e companheiras. Tatiana Moreira Lourenço.

alfredo henríquez disse...

Estimado Duarte...
Que bom que exista memória social e profissional. Eu, que sou mais velho do que tú, assistí a muitas promessas, mas que tenha conhecimento o único Congresso do Serviço Social Português ( podes colocar a bold) foi a mais de cinco anos na cidade de Aveiro.
A longa marcha do SSP ainda vai no adro.
A APSS, que desde há muito que luta pela Ordem, ja conheceu muitos partidos na Assembleia da República que prometeram uma legislação mais coerente com uma profissão que necessita de uma auto-regulação e de uma regulação pública. Enquanto exista uma falta de imaginação sociológica na profissão teremos isto: falta de poder.

Penitenciare !!

S Guadalupe disse...

Pois... é toda uma história diferente (até no percurso histórico da formação), outro contexto social e político. É todo outro nível de envolvimento e participação. É toda outra energia. É, é, é...