30.6.11

Sem surpresas mas com requintes de estupidez

Eis um dos capítulos do Programa do Governo...


Um dos seus mais reveladores excertos:

- São prioritários, em termos de entrega às famílias, os seguintes itens: alimentação, vestuário e medicamentos;
(...)
- Será criado um Cartão Solidário destinado a apoiar a iniciativa e a envolver as entidades bancárias, de acordo com o previsto na Lei para estas situações.

8 comentários:

Duarte disse...

Mas há portugueses que merecem o que vão ter...

joaquim paulo silva disse...

É enfim...já de algum modo estávamos á espera, do novo assistencialismo. É, talvez, tempo de marcar-se alguma diferença, afirmando (alguma instituição) que inclusão, justiça social, e direitos sociais, não são iguais a = caridade.

Duarte disse...

E porque é que até a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros tem direito a tempo de antena na tv para falar da situação social do país e nunca tal acontece com representantes dos Assistentes Sociais portugueses?

RG disse...

Interessante questão do Duarte. O facto é que os enfermeiros assumem cada vez mais relevância nas dinâmicas de trabalho introduzidas na reforma dos cuidados de saúde primários, sendo essa relevância particularmente visível nos projectos com vertentes de intervenção comunitária e até acompanhamento psicossocial (especialmente nas UCC - Unidades de Cuidados na Comunidade). Os A.S. ficaram muitas vezes de fora da planificação desses projectos e quando perceberam que estavam integrado nas equipas multidisciplinares já não tiveram hipótese de definir sequer o rácio de horas, ficando muitas vezes com horários residuais (tipo 4 horas/semana). Há bandeiras que deveriam ser brandidas por nós, mas são os enfermeiros que as começam a agarrar perante a nossa displicência.

Duarte disse...

A título de exemplo, vejam a reportagem que saiu no Correio da Manhã sobre os "casos sociais" nos hospitais e o destaque que é dado em termos de entrevista é à presidente de um sindicato dos enfermeiros. Isto nunca aconteceria, por exemplo, se se falasse de casos de saúde mental. Aí estariam de certeza psicólogos e psiquiatras, apenas. Não temos política de marketing, nem de representação de classe. Não nos assumimos como protagonistas principais no pensar sobre determinadas problemáticas perante os media. Não me surpreende que os mesmos nem se lemebrem que existimos.

joaquim disse...

A questão da área da reforma da saúde é pertinente e o que o Ricardo diz é pertinente e já chamei à atenção no meu blog para o risco sério da "nulidade" do Serviço Social nos cuidados primários a seguirmos pela via do "cada um por si"...

alfredo henríquez disse...

Duarte ao longo destes anos todos insistes na questão da comunicação social. Como não és um colega de "queixumes" mas sim um profissional de acção ( o que rima com comunicação), tens de pensar seriamente em contratar um horário radial. Uma hora de radio à noite de preferência ou de manhã em concorrência com a missa. Isto é feito no Chile, no Perú e noutras latitudes.
Outra alternativa é criar um radio pirata pela net
alfredo

Duarte disse...

Claro Sr. Prof., deixemos o Serviço Social português com o "low profile" do costume e tudo como está, temos visto os excelentes sucessos que temos conquistado, até em comparação com outras classes, pois com certeza.