2.10.07

fora de debate e fora de jogo?

É muita a apreensão perante a inexistência de um assistente social ou da simples referência a um profissional desta área durante o debate transmitido ontem (2007.10.01) no programa “Prós e Contras” da RTP1 sob o tema "Quem decide pelas crianças" (pode rever o debate em http://multimedia.rtp.pt/). Não vi todo o programa, mas nem aos profissionais que contam connosco directamente nos serviços, ouvi uma única referência... a invisibilidade é arrasadora!

Um(a) leitor(a) do blog manifestou a sua inquietude num comentário ao post anterior:
«(...) sejamos de todo justos, sabemos que os Assistentes Sociais são os profissionais, que maioritariamente, há décadas trabalham nesta área específica “Menores em Risco e Adopção”, e que quer nos Tribunais de Família e Menores, Segurança Social, Instituto de Reinserção Social têm trabalhado com afinco, com Procuradores do Ministério Público, Juízes, etc…; e que no contacto com indivíduos, famílias, comunidades, tribunais, outras instituições públicas e privadas, com os seus relatórios sociais têm contribuído para a definição do projecto de vida de muitos menores, em específico das crianças e jovens em situação de risco e exclusão social. Só mais tarde, entraram para as equipas profissionais de outras áreas, designadamente, psicólogos, pediatras, pedopsiquiatras, que são efectivamente uma mais valia, principalmente numa perspectiva de em equipa. Não existirão nas Universidades, no Instituto da Segurança Social, na Associação de Profissionais do Serviço Social e outras instituições, Assistentes Sociais com competências para entrar e dar o seu contributo neste debate? A verdade, efectivamente, é a má ou inexistência de ligação/relação, invisibilidade dos assistentes sociais nos media, mas daí à indiferença!...»

6 comentários:

Anónimo disse...

Vi o programa quase na totalidade, de facto os Assistentes Sociais não tiveram qualquer visibilidade, porque nem estavam presentes, mas referiram-nos indirectamente os Juiizes ao referirem os pareceres dos Técnicos da Seguarança Social, outros ao falarem dos Técnicos do IRS e uma pediatra ainda falou em Assistente Social ao referir que tinham que adiar altas clinicas por motivos sociais e referiu mesmo a especialidade da/o profissional envolvido. Também o que se pretendia era discutir sobre quem e como se decide pela vida das crianças em risco. Infelizmente alguns profissionais aproveitam estes programas para fazerem marktring social e promover os seus curriculuns e a sua imagem.... Eu sou Assistente Social e gostaria de ver o trabalho da classe mais reconhecido, pessoalmente tenho tido a sorte de na assessoria aos tribunais ter sido sempre reconhecida profissionalmente e de os meus pareceres terem sido respeitados em beneficio das crianças e jovens em causa.

Anónimo disse...

Eu vi todo o debate e obviamente sendo Assistente Social só poderei manifestar toda a minha atonicidade, sentida esta tambem por outros intervinientes no debate mas por outros notivos que nao os nossos, os da classe...
Temos que nos mexer...

Anónimo disse...

Pois, por isso é que o nosso discurso têm de ser rigoroso, fugir ás opiniões e receitas, isto retira-nos credibilidade. Discurso sério, acima do pensamento comu, demonstrado conhecimento especializado teórico e de terreno. É isso que tenho dito muitas vezes aqui neste espaço...

Anónimo disse...

Que tal uma manif na Av.Liberdade!? Nem que seja uma marcha silenciosa...mostrar que existimos, que estamos sempre dispostos a trabalhar, que não somos a favor ou contra nenhum partido politico, queremos contribuir para o bem estar dos que realmente necessitam...
Odeio "populismo"...mas que faz falta à "classe"...faz!!!

Anónimo disse...

Enviei uma mensagem para o Provedor da RTP e para a APSS.

S Guadalupe disse...

muito bem!